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Conta de luz mais barata? Veja 5 dicas para economizar neste verão
O verão de 2023 pode até ter começado estranho, com temperaturas mais baixas e muita chuva, principalmente na região sudeste. Mas não se deixe enganar, o calor chegou, e veio com tudo. No Rio de Janeiro, por exemplo, a sensação térmica já ultrapassou os 50ºC na última semana. E se você notou que, com o aumento da temperatura, veio também a conta de luz mais cara, saiba que você não é o único. O que, convenhamos, deixa qualquer um com ainda mais calor.
Afinal de contas, segundo dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), a conta de energia elétrica no Brasil é a segunda mais cara do mundo, comprometendo cerca de 34,2% do orçamento familiar médio mensal.
Ar-condicionado: o grande vilão da conta de luz
Mas, por qual motivo a conta de luz fica mais cara no verão? A resposta está naqueles aparelhos que a gente ama ligar para acabar com o calor: o ar-condicionado e o ventilador. Então, como bem sabemos, quando ocorre um aumento da demanda por energia – por conta destes equipamentos ligados por muito tempo, por exemplo, entre outros fatores -, a tarifa da conta de luz sobe.
Inclusive, vale saber que entre os dois aparelhos usados para reduzir a temperatura, o ar-condicionado é aquele que mais dará dor de cabeça na sua conta de luz.
Isto porque, enquanto um ventilador de teto, ligado 8 horas por dia, todos os dias, consome 28,8 kWh (medida de consumo de energia elétrica) por mês, um ar-condicionado com potência indicada para espaços de até 12 m², consome cerca de quatro vezes mais: 120 kWh.
Portanto, um ar-condicionado moderno ligado 8 horas por dia, poderá deixar a sua conta cerca de R$ 95 mais cara mensalmente. O que é três vezes mais que um ventilador de tamanho médio no mesmo período: R$ 30 na conta.
De olho nas prioridades
Ao ver esses números, você pode estar pensando em trocar imediatamente o seu ar-condicionado por um ventilador; e te entendemos completamente. A diferença entre esses dois aparelhos é grande quando comparamos os custos na conta de luz, mas também é importante ressaltar que existem boas diferenças entre os equipamentos. Por isso, é válido analisar também qual a sua prioridade e intenção.
Para Lai Santiago, educadora financeira, embora o ventilador seja mais econômico tanto no custo mensal, quanto na manutenção, ele pode não ser suficiente para refrescar uma grande área ou manter uma temperatura constante.
Além disso, ventiladores não removem a umidade do ar, o que pode tornar o ambiente mais desconfortável. “É preciso considerar seus próprios requisitos de conforto e avaliar se a troca do ar-condicionado por vários ventiladores é uma opção viável. É recomendável fazer uma avaliação dos custos e benefícios das duas opções e levar em consideração as condições climáticas do seu local”, explica Lai.
O que gasta mais energia?
Embora o ar-condicionado seja o vilão, ele não é o que gasta mais energia quando consideramos potência e tempo de uso, como explica Felipe Mattos, CEO da Reverde, startup de energia solar. Mesmo assim, economizar no chuveiro é mais fácil, afinal, diminuir o tempo no banho já surte muito efeito. Já com o ar-condicionado, é mais complicado. Nesse caso, o que fazer?
Para te ajudar nessa, reunimos dicas dos dois especialistas para você conseguir economizar na conta de luz. Confira:
- Use o ar-condicionado de forma inteligente
Como comentamos, se o seu intuito é economizar na conta de luz, o ar-condicionado é um problema sim. Mas, tem algumas coisas que você pode fazer para aliviar o bolso, como:
- usá-lo estritamente quando necessário, evitando ao máximo deixar ligado o dia todo;
- estar em dia coma a manutenção do aparelho, pois, à medida que ele vai apresentando problemas, consome mais energia.
Outro ponto importante sobre o ar-condicionado e eletrodomésticos em geral é a potência. Desse modo, adquira aparelhos que servem para sua situação específica: comprar um aparelho muito grande e com especificidades que serão inúteis a você é uma perda de dinheiro e de energia. Afinal, quanto maior e mais complexo o eletrodoméstico, mais luz ele gasta.
- Troque a iluminação
Ainda tem lâmpadas incandescentes em casa? Troque elas pelas de LED ou fluorescentes. São mais caras, porém duram mais tempo e consomem menos energia. O que pode dar um certo alívio na conta de luz.
Às vezes, trocar uma lâmpada em um primeiro momento sai até mais caro, mas quando você põe na ponta do lápis, a economia justificará o desembolso inicial. Fica a dica.
- Evite desperdícios
Se não estiver usando os aparelhos, desconecte-os da tomada. Mesmo em stand-by, os eletrônicos continuam gastando energia. Isso também vale para as lâmpadas. Se for sair de algum cômodo, não esqueça de desligar o interruptor.
Pode parecer pouca coisa, mas se você for analisar a quantidade de aparelhos que ficam conectados o dia todo, vai perceber que a conta de luz pode passar por uma redução até que significativa.
- Cuidado maior com a geladeira
Aparelhos maiores, como já pontuamos, tendem a gastar mais energia. Nesse caso, ficar atento para não deixar a porta aberta da geladeira sem necessidade, por exemplo. É importante também evitar secar roupa atrás do aparelho.
Esse método pode salvar quando precisa de uma roupa urgente, mas vai pesar no seu bolso: ao fazer isso, você exige mais do motor, que gasta mais energia para funcionar. E aí, já sabe: a conta de luz aumenta.
- Atenção para a eficiência energética
Existem eletrodomésticos, dependendo da marca, do fabricante, do modelo e de diversos outros fatores que gastam mais energia.
Certo, mas como saber qual gasta mais e qual gasta menos?
É bem simples. Basta olhar na etiqueta de classificação energética do seu eletrodoméstico. A tabela do Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica (Procel) vai de A a G e indica quanto de energia é gasto pelo aparelho.
Quanto mais perto do A, mais econômico ele é. Quanto mais perto do G, mais energia ele gasta. Aparelhos econômicos, como os A+++, são os mais eficientes e tendem a ser os mais caros. Apesar disso, na maioria das vezes, vale mais a pena desembolsar um pouco mais por um produto que diariamente irá gastar menos energia.
Colaboração: Daniel Navas
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