Vai viajar, mas está com o dinheiro contado? Com essas 10 dicas você vai gastar menos – e curtir mais
Tudo começa na calculadora: planejamento é a palavra de ordem
Assim como outros mercados, a pandemia também afetou o setor de turismo, que teve que cancelar voos pelo mundo todo, reservas em hotéis, pacotes de viagens, intercâmbios estudantis. Com a vacinação avançando, o setor está se recuperando. Agora, com um cenário mais favorável, as viagens de férias voltaram a bombar, e, com elas, aquela velha dúvida: como gastar menos nas viagens, mas divertindo-se ao máximo?
Corta dali, planeja dali e, sim, é possível viajar bem gastando menos. Como? “As pessoas têm uma tendência a pesquisar com muito cuidado seus destinos e planos de viagem, mas acabam deixando um pouco de lado o planejamento financeiro, que, no fim, é o que vai viabilizar as férias. Por isso, a gente sempre diz que é essencial planejar as finanças com a mesma dedicação que você planeja seu roteiro”, diz Gabriel Rombenso, superintendente de Câmbio do Itaú Unibanco.
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E um dos itens que mais influencia a vida dos turistas que vão para o exterior é o câmbio. Ter uma reserva financeira em moeda estrangeira se tornou fundamental para viajar com segurança e sem sustos. Mas não é só isso. Veja as recomendações dos especialistas do Itaú e dos planejadores financeiros caso você queira sair de férias e ir para fora do Brasil ou prefira ficar por aqui mesmo:
1. É melhor comprar moeda estrangeira de uma vez?
Não. Compre dólar ou euro aos poucos. Isso garante um preço médio da taxa câmbio (e evita sustos na véspera da viagem). No Itaú, é possível comprar as duas moedas em espécie direto no aplicativo, por exemplo, com a cotação da hora – e retirando posteriormente em uma das agências ou nos caixas do Moeda Estrangeira Banco24Horas.
2. O que vale mais a pena: moeda em espécie ou cartão?
O ideal é levar na viagem mais de uma opção, variando entre as modalidades para diluir riscos e ter cobertura financeira. “Sabemos que escolha da forma de pagamento nas viagens é bastante pessoal – há aqueles que preferem levar todo o dinheiro em espécie para não perder o controle dos gastos, quem foca no cartão de crédito para acumular pontos e quem preza pela segurança e só usa o cartão pré-pago. Mas para evitar apertos, o ideal é ter um pouco de cada opção”, explica Gabriel Rombenso, do Itaú Unibanco.
Compare as características de cada modelo de pagamento:
- Dólar e euro em espécie: ambos têm IOF mais baixo (1,10%) e garantia de fazer pagamentos que eventualmente não aceitem cartão;
- Cartão pré-pago: tem o mesmo IOF do cartão de crédito (6,38%), mas permite a compra aos poucos da moeda, congelando a cotação do momento da compra. Também é possível carregar novos créditos em tempo real durante a viagem. Muito útil também para países nos quais o dólar e o euro não são a moeda corrente;
- Cartão de crédito: você paga no futuro e pode acumular pontos (que podem ser transformados em milhas e novas viagens futuras);
- Transferência bancária: uma boa opção para grandes gastos que ocorrem antes da viagem (como hotel, pacotes turísticos, ingressos). Tem IOF mais baixo (de 0,38% a 1,10%) e tarifa única por operação.
3. Quando comprar moeda estrangeira
Você deve planejar a compra da moeda como uma poupança. Aproveite os momentos de queda da cotação para fazer alguns aportes, e se possível, faça pequenas compras todos os meses assim que tiver uma viagem planejada. Desta forma, é possível fazer um “preço médio” da moeda, evitando sustos na véspera da viagem.
4. Tenha uma reserva de emergência para a viagem
Para que suas férias não terminem em dor de cabeça, é fundamental ter uma reserva financeira para cobrir eventuais extensões da estadia, mudanças de voos ou despesas médicas. A maior parte das empresas aéreas e países exigem atualmente teste PCR negativo para embarque – o que pode mudar sua data de volta. Por isso:
- Leve um cartão pré-pago com o valor mínimo (é possível carregar mais valores remotamente, e o dinheiro cai na hora);
- Mantenha uma reserva de moeda local em espécie com você até o fim da viagem (garantindo pagamentos em locais onde o cartão não seja aceito.
5. Nunca se esqueça do seguro viagem
O seguro viagem tornou-se ainda mais essencial com a pandemia. Avalie contratar a cobertura até duas semanas após sua data de volta ao Brasil (garantindo as assistências caso a viagem precise ser estendida)
6. Não viaje endividado
Pode parecer um pouco óbvio, mas não é. Então, se você tem dívidas atrasadas, priorize o pagamento delas. “O inadimplente não tem espaço no orçamento para isso, visto que todo dinheiro que pode ser economizado deveria ser utilizado 100% para quitar as dívidas”, explica Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo Certo.
7. Compre as passagens antes
Encontrou o destino perfeito? Faça uma pesquisa entre as companhias aéreas e compare os preços da passagem e os melhores dias para o embarque. Lembrando que muitas companhias liberam descontos e promoções, então, compre com antecedência, assim você pode evitar oscilações entre o momento que comprar a passagem de ida e quando comprar a de volta.
8. Despacho de mala: isso influencia o preço da passagem?
Bruna Allemann, da Acordo Certo, explica que pagar ou não para despachar a mala é um debate delicado. “A ideia é que com o veto do despacho gratuito, as companhias tivessem diminuído o preço da passagem. Mas o maior problema é a alta do preço do querosene da aviação, em função da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que influencia o preço das passagens”.
9. Viajar no Brasil ou para o exterior: o que é mais barato?
Ira para o litoral ou para as montanhas brasileiras ou Europa? A escolha é uma sinuca de bico. “Ao mesmo tempo em que o dólar desestimula a procura por viagens ao exterior, a alta taxa de juros prejudica a demanda por compras parceladas. O ideal é ir para um destino que caiba no bolso. Evite locais turísticos muito requisitados, por exemplo. Nesses destinos, uma simples refeição pode desequilibrar o valor da viagem, e você pode deixar de gastar com algo mais interessante”, afirma Bruna Allemann, da Acordo Certo.
10. Viagens de ônibus voltam a ser uma opção mais rentável?
Com os preços de passagens aéreas nas alturas, muitos brasileiros têm optado por viajar de ônibus. “Já neste caso, o consumidor precisa ponderar o conforto da viagem, o tempo gasto no trajeto e o preço da passagem. Muitas companhias aéreas divulgam promoções que podem ser mais atrativas em viagens para destinos distantes”.
Colaborou Anne Dias