Cinco mitos sobre finanças que você deve deixar para trás

Conhecer os erros é tão importante quanto celebrar os acertos.

- Ilustração: Renata Miwa
- Ilustração: Renata Miwa

Ter a vida financeira em dia e planejar o futuro com tranquilidade é o plano de muita gente. Nesse caminho, é natural que surjam algumas dúvidas e “armadilhas” criadas pelo senso comum. Vamos te ajudar a esclarecer algumas delas. Afinal, seu dinheiro é valioso e não queremos que você corra riscos. Separamos cinco mitos sobre finanças que você deve deixar para trás:

1. Poupança tem um bom rendimento

Apesar de ainda ser preferência nacional e usada por 30% dos brasileiros, de acordo com a Anbima, a poupança pode te fazer perder dinheiro. O rendimento dela varia de acordo com a taxa básica de juros da economia, a Selic. O problema é que em grande parte das vezes a poupança rende menos que a inflação. Ou seja, os ganhos acabam sendo “corroídos” e o seu dinheiro se torna desvalorizado. Existem outros investimentos tão seguros quanto a poupança e que te dão resultados melhores, como CDB e Tesouro Direto.

Ações que podem subir até 40% em um ano: inscreva-se para conferir empresas onde analistas enxergam oportunidade de alta na Bolsa brasileira.

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

2. Pensar na aposentadoria antes dos 40 é cedo demais

“Devemos pensar na nossa aposentadoria assim que começamos a trabalhar. O tempo está ao nosso favor quando o assunto é investimentos e rentabilidade”, ressalta Patricia Palomo, economista e planejadora financeira CFP pela Planejar. Ou seja, quanto antes você começar, mais tempo terá para construir um patrimônio e mais fácil será garantir seu futuro. “Separando uma parte da sua receita para a previdência privada e investimentos de longo prazo, você vai perceber a força dos juros compostos”. 

3. Você não precisa de liquidez de emergência

A reserva de emergência deve ser sua primeira preocupação quando o assunto é investimento e finanças. Patricia traz uma analogia: imagine que você está em um barco construindo seu patrimônio para chegar à uma ilha, que é o seu objetivo – por exemplo, comprar uma casa ou ter estabilidade financeira. Você precisa ter uma boia salva-vidas. Se o barco afundar, ela provavelmente não vai te levar até a ilha, mas vai te dar um respiro até você ter um plano para sair daquela situação sem se afogar. O mesmo acontece com a reserva de emergência. Você precisa ter um dinheiro que possa ser retirado a qualquer momento em uma situação inesperada. Ou seja: investir em ativo com alta liquidez.

4. Cartão de crédito é sempre um vilão

O cartão de crédito só vai atrapalhar suas finanças se você não souber usá-lo. Ele pode até mesmo funcionar como um instrumento de planejamento e organização. “Você não terá problemas se definir um limite ideal de acordo com a sua renda, não cair na ilusão do pagamento mínimo e tomar cuidado com o parcelamento. Ainda dá para aproveitar os programas de benefícios”, ressalta Patrícia.

5. Casa própria é sinônimo de segurança financeira

Nem sempre ter um imóvel próprio é a melhor opção quando o assunto é finanças. Muitas vezes o financiamento de uma casa traz juros altos durante anos e a conta sai muito mais cara. Alguns até se endividam no meio do caminho. Por outro lado, pode fazer sentido com um planejamento bem feito e um plano de vida compatível. “Depende muito do caso, das expectativas para o futuro e do contexto daquela pessoa. Não dá para afirmar que ter um imóvel é o mesmo que ter estabilidade”, explica Patrícia. 

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS