CVM americana acusa influenciadores de esquema de fraude de US$ 100 milhões

Os alvos da ação usaram as mídias sociais para reunir um grande número de investidores novatos e, em seguida, tiraram vantagem de seus seguidores

A Securities and Exchange Commission (SEC), regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, acusa influenciadores digitais que fazem recomendações de investimento nas redes sociais por manipulação de ações. O xerife americano aponta que o esquema de fraude é avaliado em US$ 100 milhões.

De acordo com a SEC, desde janeiro de 2020, sete dos acusados tinham centenas de milhares de seguidores no Twitter e nas salas de discussão sobre negociação de ações da plataforma Discord. Supostamente, eles adquiriram algumas ações e, ao mesmo tempo, encorajavam seus seguidores a comprar esses papéis ao postarem preços-alvo ou indicar que estavam comprando, mantendo ou aumentando suas posições acionárias.

A acusação alega que quando o preço das ações promovidas ou o volume de negociações delas subiam, os acusados regularmente vendiam suas posições sem divulgar seus planos de se desfazerem dos papéis. Os acusados foram Perry Matlock, Edward Constantin, Thomas Cooperman, Gary Deel, Mitchell Hennessey, Stefan Hrvatin e John Rybarcyzk .

“Os acusados usaram as mídias sociais para reunir um grande número de investidores novatos e, em seguida, tiraram vantagem de seus seguidores, alimentando-os repetidamente com constante de desinformação, o que resultou em lucros fraudulentos de aproximadamente US$ 100 milhões”, disse em nota Joseph Sansone, chefe da unidade de abuso de mercado da divisão de fiscalização da SEC. “A ação expõe a verdadeira motivação desses supostos fraudadores e serve como outro aviso de que os investidores devem ter cuidado com conselhos não solicitados que encontram online”, completa.

A denúncia também acusa Daniel Knight de ajudar e encorajar o suposto esquema. Ele co-apresentava um podcast em que promoveu muitos dos outros acusados como especialistas e forneceu-lhes um fórum para suas declarações manipuladoras, de acordo com a SEC. Knight também negociava em conjunto com os outros réus e regularmente teve lucro com a manipulação, acrescentou o regulador.

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