Pix internacional: como essa modalidade afeta o mercado financeiro?

Mudanças na legislação facilitam o câmbio e inauguram uma nova era das contas internacionais. Entenda.

Vocês já ouviram falar no Nexus, sistema que pode ficar conhecido como o “pix internacional”? Será que ele vai impactar o mercado financeiro? 

O Brasil sempre foi um país muito burocrático para exportações, importações, entradas e saídas financeiras. Só que agora o Banco Central está modificando as operações, para facilitar os serviços cambiais, a remessa e o pagamento internacional.  

Mudança de regras

Primeiramente, em dezembro de 2022, uma mudança na legislação vai permitir mais acesso ao mercado internacional. Portanto, se antes, podíamos portar R$ 10 mil ao entrar ou sair do país, agora poderemos ter US$ 10 mil. 

Em segundo lugar, as instituições de câmbio poderão oferecer contas internacionais. Dessa maneira, o IOF também deve ser zerado até 2029, por acordo internacional com a OMC. 

E por fim, para as empresas, também temos boas notícias. As 100 classificações para enquadrar uma transação internacional se tornarão 10 para operações até 50 mil dólares. Da mesma forma, tudo poderá ser formalizado por e-mail. 

Como vai funcionar o pix internacional?

A ideia é criar, aos poucos, o Nexus, uma espécie de “Pix Internacional”, que vai impactar todo o mercado financeiro, com transações mais simples e rápidas. Esta tecnologia está em fase de testes e pode unir mais de 60 países. Em outras palavras, o sistema vai permitir transações entre diferentes nações e moedas em até um minuto.

O Bank Of International Settlements (BIS), conhecido como “o banco central dos bancos centrais”, com sede em Basiléia, na Suíça, desenvolve essa tecnologia em seu hub de inovação. Portanto, a ideia é integrar todos os países que já contam com algum sistema instantâneo de pagamento e transferência, como o Pix.

Pix internacional no Brasil

O Banco Central brasileiro tem o projeto do Pix Internacional que está na fase de estudo de modelos. Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro da entidade, destaca duas alternativas para seu desenvolvimento: a primeira seria com acordos bilaterais entre países e a segunda, com os arranjos multilaterais, como é o caso do Nexus.

O Brasil ainda tem um grande caminho a ser percorrido. Mas com tantas inovações e educação financeira, o sistema ficará mais transparente e você terá acesso a mais produtos e garantias em suas transações internacionais. 

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