Orçamento mensal: o que é? Veja como fazer

Controle sobre gastos faz sobrar dinheiro e ajuda na conquista de objetivos

Faltou dinheiro no fim do mês e as contas acumularam? Todo mundo já passou por essa situação pelo menos uma vez na vida. O problema é quando isso acontece todo mês e as dívidas viram uma bola de neve.

Para organizar suas contas de uma vez por todas e não dever nunca mais, vale a pena fazer um planejamento financeiro mensal, balanceando os ganhos e os gastos de cada mês. Confira abaixo algumas dicas da especialista Júlia Athayde, responsável de negócios do Minhas Economias.

O que é um orçamento mensal?

Trata-se do bom e velho planejamento financeiro estipulado de acordo com a sua renda mensal. O grande objetivo desse orçamento é prever os gastos, organizar as contas e garantir que exista um equilíbrio nas entradas e saídas do mês.

Para que o orçamento funcione, é necessário mais do que apenas planejar. Você precisa colocar a mão na massa. Para começar, veja como dividir suas despesas pessoais.

Como iniciar um orçamento mensal?

Todo planejamento financeiro parte da premissa de que é necessário saber quanto se ganha e quanto se gasta. Um jeito simples de ter essa noção é com a ajuda de uma planilha, em que uma coluna é reservada à entrada de dinheiro e outra à saída. Pensando nisso, pode-se dar início ao seu planejamento.

Na planilha, será possível deduzir três cenários hipotéticos, que vão te ajudar a separar suas despesas. São eles:

  1. Os gastos mensais são superiores aos ganhos do mês;
  2. Os valores de gastos e ganhos são idênticos ou muito próximos;
  3. Os ganhos superam os gastos e sobra dinheiro no fim do mês.

Segundo Júlia Athayde, as recomendações iniciais são as mesmas para os três cenários: “é preciso analisar quais são as fontes de receita líquida, para que se tenha controle do orçamento de acordo com o que realmente entra, descontado os tributos.

Depois, é necessário entender como se dá o fluxo de despesas. Sugiro sempre pegar todas as contas dos últimos meses e agrupá-las por categorias de despesas, como moradia, lazer e saúde. Isso permite entender aonde o dinheiro está indo e encontrar oportunidades”.

Com as despesas devidamente separadas, vamos às recomendações específicas para cada situação.

Casos em que os gastos mensais são superiores aos ganhos do mês

Para quem vive o primeiro cenário — despesas superiores aos ganhos mensais —, a recomendação de Athayde é estabelecer limites por categoria. “Esses limites são individuais, de acordo com as necessidades de cada um. Também é preciso criar uma rotina de acompanhamento desse orçamento”, ela aconselha e lembra que hoje existem aplicativos gratuitos de controle financeiro, facilitando a visualização de receita e despesas.

Os valores de gastos e ganhos são idênticos ou muito próximos

Muitos podem pensar que o segundo cenário é favorável, pois gastos e ganhos estão equilibrados. Entretanto, Athayde alerta: “para maior segurança, o ideal é fazer ajustes para que sobre mais no final do mês. As duas possibilidades são procurar fontes de renda extra ou encontrar meios dentro do orçamento para reduzir as despesas.”

Ganhos superam os gastos e sobra dinheiro no fim do mês

Já no terceiro cenário, é preciso planejamento para direcionar da melhor maneira o dinheiro que sobra: “o principal é entender que o dinheiro não é um fim, mas um meio para conquistar objetivos de vida. Então, é interessante listar projetos de curto, médio e longo prazo, pensando nos valores monetários que são precisos para atingi-los, quanto é necessário guardar por mês e aplicar as economias para conquistá-los o quanto antes”, Athayde afirma.

Investir ou poupar? Faça as escolhas certas!

Também é possível reservar um espaço no orçamento para investir e – no caso dos projetos de longo prazo ou que demandam uma grande quantia – poupar.

Para investimentos, Athayde recomenda disciplina: “o ideal é estabelecer um valor que se deseja investir todos os meses e aplicar a regra do se pagar primeiro, que significa não deixar para investir o que sobrar no final do mês, mas aplicar assim que tiver essa entrada, para não correr o risco de gastar ao longo do tempo”.

Já para poupar, a dica é manter atenção firme sobre as contas: “é necessário criar o hábito de acompanhar as finanças diariamente – ter consciência financeira é essencial – e ponderar as escolhas para ter constância”.