Vai fazer compras em mercados? Cuidado com o golpe da fruta

Consumidores são intimidados a pagar caro por frutas; saiba o que fazer

O Natal e a passagem de ano chegaram. E você pensa: “Vou até o Mercado Municipal de São Paulo para completar as ceias”.

Chegando lá, quase sem perceber, você vira vítima do golpe da fruta.

Como funciona o golpe da fruta?

O golpe da fruta funciona assim: você é atraído por um vendedor, que oferece frutas exóticas – e lindas – de graça para experimentar.

Persuasivo, o comerciante monta uma bandeja, não te fala o preço de cada item e praticamente te obriga pagar R$ 200, R$ 300 em umas poucas frutas.

De acordo com o Procon-SP, as denúncias começaram entre o fim de 2021 e o começo de 2022 e não se limitam ao Mercadão de São Paulo. Portanto, redobre sua atenção.

É lógico que você não é obrigado a comprar, mas a dificuldade se dá pelo constrangimento e pela intimidação feita por alguns vendedores, que chegam a ameaçar visitantes que passam pelas bancas, aceitam experimentar as frutas, mas não têm a intenção de adquiri-las.

Com isso, muita gente deixou de frequentar o Mercadão.

Outros ainda se arriscam, mas tomam mais cuidado para não serem vítimas do golpe da fruta.

Há relatos de consumidores que não compraram e foram chamados de “pobres”, porque não quiseram pagar R$ 200 por algumas pitaias ou outras frutas exóticas.

O que o Procon fez?

Com as denúncias, o Procon-SP precisou intervir. Em março deste ano, a instituição fez uma operação contra esse tipo atendimento para fiscalizar os valores dos produtos, assim como a adequação dos preços.

Os fiscais do órgão vistoriaram 46 estabelecimentos e autuaram 18 (39%) por desrespeitarem o Código de Defesa do Consumidor. Entre as irregularidades encontradas, o quesito “falta de informação do preço” ocorreu no maior número de barracas: 12.

E 6 bancas de fruta foram fechadas, devido a esse tipo de ocorrência.

O que fazer para evitar o golpe da fruta?

Se você pretende ir ao Mercadão de São Paulo ou a qualquer outro, fique atento às dicas do Procon para não cair no golpe da fruta. Portanto:

  • os estabelecimentos devem mostrar os preços de forma clara e precisa. Se isso não ocorrer, pergunte ao vendedor;
  • frutas dadas como degustação, sem que o cliente peça, são consideradas amostra grátis e não podem ser cobrados. Logo, não pague por elas;
  • fique de olho no valor digitado na maquininha, que pode ser alterado sem que você perceba.

Caí no golpe da fruta, o que eu faço?

O que fazer se você caiu no golpe da fruta?

O melhor caminho é registrar uma queixa no Procon.

No caso de São Paulo, o site está neste link.

Você também pode enviar um e-mail com sua queixa para a administração do local. No caso do Mercadão de São Paulo, o endereço é: sac@mercadospspe.com.br.