Que o futebol é um tipo de negócio, disso não há dúvidas. Mas como será que funciona a indústria por trás do esporte que mexe com o coração de milhares de torcedores ao redor do Planeta?
Para explicar o assunto, a IF passa a contar com a colaboração de Cesar Grafietti, economista com carreira na área de análise de risco. E sabe por qual perspectiva Grafietti irá falar do esporte? Ele possui uma carreira consolidada na área de análise de riscos dentro do mundo do futebol.
Há mais de 30 anos no mercado financeiro, o especialista possui experiencia em diversas áreas da economia e o mais recente deles: o setor esportivo.
“O futebol que todo mundo conhece é aquele de dentro das quatro linhas, o que muitas pessoas não sabem é que essa indústria é muito mais complexa”, ressaltou Cesar.
Futebol brasileiro e europeu em lados opostos
E já que o assunto principal de Grafietti será futebol, nada melhor do que a gente já começar falando sobre a diferença do esporte aqui e fora do país. Mas, veja só, sem perder o nosso foco principal: as finanças.
Desse modo, para o economista, uma das grandes diferenças entre os clubes de futebol brasileiros e os clubes europeus é a maneira de administrar recursos. “Enquanto por aqui temos uma visão muito mais de curto prazo, os clubes de lá possuem uma visão muito mais a longo prazo, com um planejamento mais estruturado”, diz o especialista.
Segundo Cesar Grafietti, na Europa, os investimentos dos recursos são mais bem direcionados, voltados para tecnologias de ponta, inovação, melhores centros de treinamento e também no desenvolvimento humano, para que se tenha os melhores profissionais possíveis dentro do mercado. “Já no Brasil, ainda precisamos subir alguns degraus no entendimento sobre bons investimentos no futebol”, analisa.
Embora muitos clubes brasileiros tenham dificuldades de gerir bem os seus recursos, o especialista entende que é possível encontrar algumas organizações que podem servir de modelo de administração. “O Flamengo é um bom exemplo de gestão, visto que há 10 anos possuía enormes dívidas e hoje é um clube que fatura cerca de R$ 1 bilhão por ano”, destaca.
No mercado europeu é igualmente possível encontrar associações que podem ser vistas como padrão. “O exemplo da Atalanta é muito positivo, um clube de uma cidade pequena na Itália que realizou um bom planejamento de longo prazo, também iniciado há 10 anos, permitindo que atualmente estejam no topo da pirâmide do futebol”, completa o economista.
A nova coluna de Cesar Grafietti na Inteligência Financeira, que estreia domingo (26) às 11 horas, vai falar sobre os “negócios do esporte”, muito focado no futebol, que hoje é o principal esporte do planeta. “Vamos trazer ideias, conceitos, notícias relevantes que aconteceram ao longo da semana, explicadas com dados, informações e muito mais. O objetivo final é tentar ajudar o torcedor a entender a complexidade dessa indústria”, aponta o economista.
E aí, ficou empolgado para entender melhor como funcionam os “negócios do esporte”? Então é só dar o play para assistir ao vídeo da entrevista e acompanhar o Cesar Grafietti aqui na IF.