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Lula vota em São Bernardo do Campo e diz que caso de Carla Zambelli foi ‘cena grotesca’
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou na manhã deste domingo em um colégio em São Bernardo do Campo (SP). O ex-presidente deu coletiva em seguida, e criticou o caso de Carla Zambelli. A parlamentar perseguiu um homem negro com uma arma após alegar que havia sido agredida por ele. Lula chamou o episódio de “cena grotesca”.
“É o Brasil que nós não queremos. Nós queremos um país civilizado, onde as pessoas se respeitem, onde os deputados não precisem andar armados, puxar a arma e perseguir um cidadão”, disse o ex-presidente aos jornalistas. “Foi uma cena grotesca no dia antes das eleições, onde as pessoas são proibidas de andarem armadas”, acrescentou.
O ex-presidente votou acompanhando de uma gama de políticos e aliados. O candidato à vice-presidente da chapa do PT, Geraldo Alckmin; o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad; os deputados federais recém-eleitos Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Marina Silva (Rede-SP); e Márcio França (PSB) acompanharam o ex-presidente à seção eleitoral. Nota-se a falta da senadora Simone Tebet (MDB-MT), uma das principais aliadas de Lula no segundo turno.
Enquanto Lula votava em São Paulo, a candidata à presidência pelo MDB no primeiro turno votou em Campo Grande (MS), conforme uma postagem de suas redes sociais.
‘Quem ganhar festeja e quem perder lamenta’
Lula também comentou que espera uma transição pacífica de mandatos, caso ganhe a disputa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu rival no segundo turno. O ex-presidente afirmou que “quer uma transição como foi quando Fernando Henrique teve de passar a faixa” para ele em 2003, após vencer as eleições de 2002 contra o tucano José Serra, aliado de FHC. “Quem ganhar vai festejar e quem perder vai lamentar”, disse o ex-presidente.
Agenda de viagens ao exterior
Dentre os primeiros compromissos assumidos pelo petista após vencer as eleições está uma série de viagens internacionais para “países simbólicos”. O ex-presidente disse que deve realizar visitas aos Estados Unidos, à China, à União Europeia e a vizinhos latino-americanos, como o Chile. A agenda deve ser cumprida em menos de dois meses, antes da transição, disse Lula.
Caso Lula ganhe a disputa neste domingo, disse que o Brasil “não pode ficar à mercê de uma guerra fria entre Estados Unidos e China”.
‘Reconstruir’ o Mercosul
O petista também prometeu reforçar laços econômicos e diplomáticos com países do Mercosul e prometeu “reconstruir” o bloco econômico, além da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). Lula ressaltou que as trocas do Brasil entre países vizinhos do continente são importantes “na cultura, no comércio e nas ideias políticas”. Neste campo, o candidato é criticado por Bolsonaro, que bate na tecla de parceria dos governos do PT com países latino-americanos mais alinhados à esquerda, como Venezuela e Cuba.
“Quero retomar nossa parceria com o Chile e os laços com o Mercosul”, disse o ex-presidente. “Não consigo enxergar o Brasil separado da América Latina e do Sul. Juntos, podemos interferir nas negociações com outros blocos, como a União Europeia. Mas separados, somos muito fracos”, continuou.
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