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Corrida presidencial: alta da inflação pode mudar voto de 31% dos eleitores
Cerca de 3 em cada 10 brasileiros podem mudar o seu voto caso a inflação suba até as eleições, mostra pesquisa Datafolha. Entre os jovens de 16 a 24 anos, metade diz que pode trocar de opção em um cenário de alta dos preços.
De acordo com o levantamento, 12% dos eleitores dizem que, se a inflação aumentar, é grande a chance de mudar de voto. Outros 11% falam que as chances são médias e 8% afirmam que são pequenas.
Por outro lado, 68% afirmam que “não existe nenhuma chance” de troca.
A pesquisa mostrou que, para 53% dos brasileiros, a situação econômica tem “muita influência” na hora de decidir em quem votar.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 12,13% em 12 meses até abril. Segundo o boletim Focus mais recente, divulgado no início de maio, analistas de mercado esperam que a inflação termine o ano em 7,89%.
Dados da pesquisa divulgados na semana passada mostraram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder isolado na disputa pela Presidência da República com 48% das intenções totais de voto, patamar suficiente para vitória já no primeiro turno.
O presidente Jair Bolsonaro apareceu com 27%, em segundo lugar.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 33% dizem que podem mudar de voto a depender da inflação. Já entre os de Lula, o percentual é menor, de 23%.
O peso da evolução dos preços na decisão de voto é maior também entre desempregados e moradores da região Norte.
De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, que contratou o levantamento, a chance de alteração dos votos dos eleitores devido à inflação é parecida à relacionada ao comportamento do desemprego e situação econômica geral do país.
O Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima de 16 anos em 181 municípios nos dias 25 e 26 de maio. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-05166/2022.
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