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Marcado pela ausência de Lula, debate deste sábado reúne Ciro, Bolsonaro e Tebet
Na tarde deste sábado ocorre o debate de candidatos à Presidência do consórcio de veículos que reúne CNN Brasil, SBT, Estadão, Rádio Nova Brasil, Rádio Eldorado, Terra e Veja.
O debate acontecerá entre 18h15 e 20h30, nos estúdios do SBT, em São Paulo. Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d’Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB) devem participar do evento, marcado pela ausência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que preferiu faltar para cumprir com agenda na zona sul de São Paulo.
Ciro Gomes foi o primeiro a chegar nos estúdios do SBT, acompanhado da candidata à Vice-Presidência Ana Paula Matos, da mulher, Giselle Bezerra, e do presidente do PDT, Carlos Lupi. Ao conversar com jornalistas, Ciro atacou Lula e o associou ao “fascismo”. “Fazer propaganda com musiquinha e coisas mentirosas sem ter ninguém pra dizer ‘isso é mentira’ é exploração demagógica da boa-fé do povo”, afirmou.
Felipe d’Avila, do Novo, foi o segundo candidato à presidente a chegar no debate. Ele comentou a ausência de Lula, e disse que “uma pessoa que pretende ser presidente e não vem ao debate mostra que não tem propostas”. O candidato ainda pediu para que o eleitor faça um voto “consciente” no dia 2 de outubro, data da disputa no primeiro turno.
Soraya Thronicke foi a terceira a caminhar pela entrada dos estúdios do SBT, acompanhada de seu vice, Marcos Cintra. Simone Tebet, a candidata da chamada terceira via, chegou depois. Por fim, Bolsonaro foi o último a chegar ao debate.
Bolsonaro contra rejeição; Ciro e Tebet contra voto útil
Na análise de colunistas do Valor Econômico, Bolsonaro é o candidato que atualmente está na berlinda para tentar levar a eleição a um segundo turno. O presidente tem forte rejeição entre as mulheres e os mais pobres, e, se repetir algum gesto de descontrole — como fez quando gratuitamente atacou a repórter Vera Magalhães —, isso pode lhe custar caro nas intenções de voto.
Ciro Gomes e Simone Tebet devem tentar estancar a sangria de eleitores que pensam no voto útil para derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno, mudando o voto para Lula. Segundo o Datafolha, 11% dos eleitores dos está disposto a mudar o voto para que a eleição se encerrasse no dia 2 de outubro.
Líder nas pesquisas, Lula faz um movimento arriscado ao faltar no debate de hoje. A campanha do PT espera que a ausência do ex-presidente seja remediada pela entrevista dada ao programa do Ratinho, na quinta.
Lula falta ao debate do SBT
Lula afirmou que só iria participar do debate da Globo. O ex-presidente foi ao debate da TV Bandeirantes no final de agosto. A ausência do petista é sentida por outros candidatos, e já foi alvo de provocações antes mesmo do início do debate.
Na sexta-feira (23), durante um evento de campanha em Minas Gerais (MG), Lula disse que tinha dois eventos marcados na agenda no final de semana, e ressaltou que compareceu ao programa do Ratinho, no SBT, na quinta-feira (22).
Além da justificativa da agenda de campanha, Lula citou que houve uma falha de comunicação com a equipe do pool de veículos que realiza o debate. “É bom participar de debate. Lamentavelmente o debate do SBT demorou um pouco… Minha coordenação mandou uma carta falando que era para fazer um pool. Demorou, quando veio a resposta do debate eu já tinha agenda no Rio de Janeiro e em São Paulo”, disse o ex-presidente.
Em nota, o pool de veículos afirmou que a formação do consórcio para a realização do debate “deu-se antes mesmo da sugestão feita por sua campanha”, e que enviou um convite formal às campanhas presidenciais no dia 22 de março. “E, em 28 do mesmo mês, foi realizada a primeira reunião presencial com representantes dos candidatos convidados. A campanha de Lula esteve presente em tal reunião, assim como em todas as demais reuniões convocadas para discutir os detalhes e regras do debate”, diz a nota dos veículos de imprensa.
Cenário
No primeiro bloco, os candidatos farão perguntas entre si seguindo a ordem determinada por sorteio. No segundo bloco, os candidatos irão responder aos questionamentos dos jornalistas do pool. No terceiro bloco, os concorrentes voltarão a fazer perguntas entre si. No quarto e último bloco, os jornalistas farão perguntas aos postulantes.
O atual líder das pesquisas é Lula, com 44% das intenções de voto de acordo com o agregador de pesquisas do Jota. Em segundo lugar está Bolsonaro, com 35%.
Já segundo a última pesquisa Datafolha, o petista tem margem mais ampla nas intenções de voto, com 47%, contra 33% do atual presidente. Ciro Gomes, Simone Tebet e Soraya Thronicke estão em terceiro, quarto e quinto lugar, respectivamente, com 7%, 5% e 1%. Dos entrevistados, 4% declararam intenção de votar em branco ou nulo, e 2% não opinaram.
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