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Melhores e piores da Bolsa: Camil lidera com perspectiva de disparada no preço do arroz; Americanas cai mais 8%
A possibilidade de o preço do arroz disparar no mercado internacional fez da Camil, gigante do setor, disparar na bolsa de valores nesta quarta-feira (18) e pegar o posto de empresa com maior valorização do dia.
Uma avaliação do Bradesco BBI apontou que “o preço do arroz deve subir, se movendo na direção contrária de outros commodities agrícolas”, afirmaram os analistas Leandro Fontanesi e Victor Romano.
Para os analistas, o arroz representa 50% do Ebitda da empresa, o que aumenta a perspectiva de que as ações disparem junto com o preço da commodity. O preço médio do arroz deve chegar a R$ 90 por saca, segundo o banco. As ações da Camil podem registrar, com isso, uma valorização de 37% em relação ao preço atual.
Tenda também se destaca
A Camil foi acompanhada de perto pela Tenda no ranking de melhores ações do dia. Os papéis da construtora e incorporadora saltaram 17% após divulgação de dados operacionais da empresa para o quatro trimestre de 2023, com os papéis batendo R$ 5,16.
Para a XP, os resultados da Tenda no quarto trimestre foram positivos e dentro do esperado, em linha com a estratégia da companhia em focar na rentabilidade e redução de lançamentos, diz a XP.
“O preço médio por unidade vendida da Tenda atingiu R$ 189,8 mil no trimestre, o que vemos como uma indicação positiva da melhoria da estratégia de preços da empresa”, destacou a XP em relatório.
Já o Bradesco BBI afirmou que “o processo de recuperação das margens vai demorar mais um pouco para aparecer no lucro por ação e a restrição de caixa deve permanecer”, mas o quadro é positivo principalmente por conta do “cuidado da direção na estratégia da empresa”, avaliam os analistas do banco.
Americanas em queda
Na ponta negativa, a Americanas volta a figurar entre as piores quedas do pregão, perdendo mais de 8% do valor das ações, em uma trajetória descendente que vem desde a última quinta-feira, quando foi anunciada inconsistência no balanço de R$ 20 bilhões.
As ações encontraram algum fôlego na sexta, mas voltaram a cair durante esta semana depois que foi constatada que a dívida da empresa é, na verdade, de R$ 40 bilhões, e que a empresa provavelmente passará por uma recuperação judicial.
Inepar lidera perdas
A empresa só não teve desempenho pior que o da Inepar. A empresa havia sido suspensa, há quase um mês, pela B3, mas voltou a operar normalmente. Nas últimas semanas, a empresa registrou uma trajetória consistente de alta, passando de R$ 1 após o fim da suspensão para R$ 1,57%, mas devolveu parte dos ganhos nesta quarta, com queda de quase 8%.
Confira as melhores ações do dia
- Camil (CAML3) +20,71%
- Tenda (TEND3) +17,00%
- Ânima (ANIM3) +11,62%
- Aeris (AERI3) +11,45%
- Armac (ARML3) +7,71%
Piores do dia
- Inepar (INEP3) -8,78%
- Americanas (AMER3) -8,42%
- Estapar (ALPK3) -7,78%
- Inepar (INEP4) -6,83%
- Oi (OIBR4) -6,75%
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