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Petróleo tem forte queda enquanto Biden considera liberação de reservas estratégicas
Os preços do petróleo são negociados em forte queda, de mais de 5%, após relatos de que os Estados Unidos estão avaliando a liberação de até 1 milhão de barris de petróleo por dia das reservas estratégicas nacionais. A notícia antecede a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que deve manter o cronograma de aumento mensal da produção.
Às 7h55, o contrato futuro para maio do petróleo tipo WTI, a referência americana, caía 6,48%, a US$ 100,83 por barril; enquanto o contrato futuro para junho do petróleo tipo Brent, a referência global, recuava 5,72%, a US$ 105,10 por barril.
O comportamento da commodity reflete a notícia que vem da Casa Branca, de que os EUA devem liberar um fluxo constante de petróleo de seus estoques ao longo de alguns meses, caso os preços do petróleo permaneçam elevados. “Parece mais um esforço conjunto e mais significativo, que pode ter um pouco mais de peso”, disse James Athey, gerente de investimentos da Abrdn.
Segundo ele, para o mercado de petróleo a notícia significa menos inflação e menos pressão para os bancos centrais serem agressivos com aumentos de juros. “Trata-se de alívio, potencialmente tirando um elemento desestabilizador” causado pelos altos preços do petróleo.
“Seria o maior lançamento [de petróleo no mercado] de todos os tempos, o terceiro em seis meses, e equivaleria a quase dois dias de demanda global”, resumiu Neil Wilson, analista da Markets.com. “Isso é grande o suficiente para fazer um estrago, mas as liberações nunca alteram os desequilíbrios de longo prazo”, ponderou.
A notícia sobre a intenção de Washington vem antes da reunião mensal da Opep+, que deve manter o cronograma de aumento da oferta em 400 mil barris de petróleo por dia, apesar da pressão dos EUA e outros países importadores para bombear mais petróleo de modo a reduzir os preços da commodity.
Há, ainda, a expectativa pela reunião da Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês), que também deve anunciar uma liberação coordenada de estoques de petróleo. Relatos dão conta de que o cartel de países da Opep+ quer excluir a Agência, com sede em Paris, como fonte de produção da commodity.
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