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Mercado hoje: Ibovespa fecha em firme queda com Americanas em crise e feriado nos EUA
O Ibovespa fechou em firme queda de 1,54%, a 109,2 mil pontos, em mais um dia de mercado estressado com o caso Americanas (AMER3).
Nesta segunda-feira (16), as atenções estiveram voltadas para dívida declarada de R$ 40 bilhões e disputa na Justiça com o BTG, banco credor, que tenta reverter a medida que impede a companhia de ter seus bens bloqueados ou penhorados.
O pregão de hoje também foi marcado pela menor liquidez devido ao feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos. Por aqui, os ativos locais sofreram também com os rumores que o governo Lula esteja estudando um reajuste no salário mínimo superior aos R$ 1.320 previstos no Orçamento aprovado pelo Congresso.
O dólar à vista terminou a sessão em alta de 0,80%, negociado a R$ 5,14, após uma semana de perdas. Na mesma toada, as taxas de juros futuros (DIs) fecharam hoje em forte alta.
O contrato com vencimento em janeiro de 2025 era negociado a 12,65%, uma alta de 24 pontos base ante a abertura.
Petróleo Brent – utilizado pela Petrobras para o cálculo de seus preços – fechou em queda de 0,96%, a US$ 84,46 o barril. Na China, nesta madrugada, o minério de ferro fechou em queda de 5%, negociado US$ 120,75 a tonelada, pressionando a ação da Vale, que recuou mais de 2%.
Ações da Americanas caem 40%
Entre as empresas, a Americanas derreteu quase 40% hoje, negociando a R$ 1,94.
A companhia anunciou estar estruturando um plano de venda de seus ativos, entre eles a rede de supermercados Natural da Terra, e sua fatia na rede de lojas de conveniência Vem, em parceria com a Vibra.
Na contramão da varejista à beira do abismo, as concorrentes Magalu e Via dispararam nas negociações de hoje, com altas de quase 10% cada, na expectativa de ganhos de market share.
Na noite de hoje, por volta das 23h, será divulgado o PIB da China, com a expectativa do mercado de alta de 0,8% no trimestre e 1,8% no acumulado de 2022.
Como foi o dia do Ibovespa?
A bolsa brasileira caiu ao longo do dia e o dólar ganhou força no meio tarde desta segunda (16), diante dos rumores nas mesas de operação de que o governo estuda promover um reajuste do salário mínimo para além dos R$ 1.320 previstos no Orçamento.
Perto de 16h15, o Ibovespa caía 1,82%, aos 108.900 pontos.
Já o dólar avançava 1,13%, negociado a R$ 5,153.
A terceira semana de janeiro começa com investidores cautelosos, de olho principalmente nos desdobramentos da crise da Americanas. A empresa declarou dívida de R$ 40 bilhões e recebeu liminar para suspender o pagamento antecipado de dívidas.
A varejista (AMER3) tombava 40%, cotada a R$ 1,87. Por outro lado, Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) operavam no campo positivo, com ganhos de 9,33% e 8,02%, respectivamente.
Os bancos recuavam em meio à expectativa de disputa com a Americanas.
Os papéis do BTG Pactual (BPAC11) tinham forte queda de 4,77% depois que o banco tentou barrar na justiça a liminar concedida à varejista. Santander (SANB11) perdia 3,75, Bradesco (BBDC4) caía 34,47% e Itaú (ITUB4) cedia 1,90%.
Vale (-2,08%), CSN (-3,02%), Usiminas (-1,28%) e Gerdau (-2,28%) trabalhavam em baixa acompanhando o minério de ferro, que caiu 4,3% na bolsa de Dalian, aos 832,5 yuans (pouco menos de US$ 124) por tonelada. A commodity recuou em razão da piora da covid-19 na China, o que causa preocupação com a economia do país asiático e, consequentemente, com a demanda pelo material.
Colaborou Leonardo Guimarães
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