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Bolsas dos EUA fecham mistas com possível recessão no Ocidente e abertura na China
Os índices das bolsas de Nova York fecharam mistas nesta terça-feira (27), apesar do otimismo na Europa e na Ásia, que fecharam em alta diante da expectativa da redução das restrições da política de combate da covid-19 pela China a partir de 8 de janeiro.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,11%, o S&P 500 desceu 0,41% e Nasdaq recuou 1,38%. No começo da sessão, os três principais índices operavam com perdas em relação à sessão anterior, de sexta. Na segunda não houve expediente por conta das celebrações de fim de ano.
Na sexta-feira, o índice Dow Jones fechou com ganhos de 0,53%, a 33.209,93 pontos, enquanto o S&P 500 exibiu alta de 0,59%, a 3.844,82 pontos, e o Nasdaq subiu 0,21%, a 10.497,86 pontos.
China anuncia “retorno”
O “retorno” da China ao mercado pode apoiar a economia global em um momento em que muitas nações aumentam as taxas de juros em um esforço para controlar a inflação. O Federal Reserve e outros bancos centrais indicaram que continuarão a elevar os juros em 2023.
“A China está na frente e no centro dos mercados no momento”, disse Hani Redha, gerente de portfólio da PineBridge Investments.
“Sem isso, estava bem claro para nós que teríamos uma recessão global bastante ampla. Agora, com a China se movendo na direção oposta, você pode atenuar isso”, continuou.
Recessão na economia americana?
Especialistas apontam para a possibilidade de a economia americanas viver uma recessão em 2023 por conta do alto patamar de juros para conter a inflação.
Apesar dos temores, o Goldman Sachs divulgou nesta terça um relatório dizendo que a economia americana deverá evitar uma recessão em 2023 à medida que caminha para uma aterrisagem suave, realizando um aperto monetário suficiente para reduzir a inflação sem prejudicar a economia.
“Um período de crescimento abaixo do potencial será suficiente para gradualmente reequilibrar o mercado de trabalho e limitar as pressões salariais e de preços”, diz o relatório.
Mais cedo, no mercado de Treasuries, o rendimento do título de 10 anos subia a 3,825%, de 3,749% de sexta-feira. Já o yield do papel de dois anos avançava a 4,374%, de 4,259% anteriormente.
Indicadores
Na sexta-feira, os EUA divulgaram dados sobre consumo de novembro. A renda pessoal dos americanos aumentou 0,4% na passagem de outubro para novembro, acima do consenso de alta de 0,3%.
Também foi publicado o dado de gastos com consumo (PCE), que exibiu alta de 0,1% em novembro na comparação com o mês anterior.
Embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas (+0,2%), a revisão altista nos números de outubro, que passaram de 0,8% para 0,9%, indicam um movimento de elevação e sinalizam a resiliência da economia americana.
Já o índice de preços do PCE subiu 0,1% na passagem de outubro para novembro e registrou alta de 5,5% na base anual.
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