Suzano (SUZB3) reverte prejuízo e lucra R$ 5,44 bi no 3º tri com maior volume de vendas e preços em alta

De julho a setembro, a receita líquida da companhia totalizou R$ 14,2 bilhões, com alta de 32% na comparação anual

A Suzano, maior produtora mundial de celulose de mercado, encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,44 bilhões, comparável a prejuízo de 962 milhões um ano antes, na esteira da melhora dos volumes comercializados, de preços mais altos da celulose e de papéis e da melhora do resultado financeiro.

De julho a setembro, a receita líquida da companhia totalizou R$ 14,2 bilhões, com alta de 32% na comparação anual sustentada pelos aumentos de preço da celulose vistos no primeiro semestre, com manutenção em níveis elevados na segunda metade deste ano, maior volume de vendas da fibra e forte elevação dos preços de papel.

As vendas de celulose no período totalizaram 2,8 milhões de toneladas, com alta de 5% ante o segundo trimestre e também de 5% frente ao mesmo período de 2021.

As vendas de papel, por sua vez, recuaram 2% frente ao mesmo trimestre do ano passado, mas cresceram 2% em relação ao segundo trimestre, para 331 mil toneladas.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 36% na comparação anual, a R$ 8,6 bilhões, com margem Ebitda de 61% — dois pontos percentuais acima do registrado um ano antes.

Na linha financeira, a companhia teve resultado líquido negativo de R$ 1,53 bilhão, frente à despesa financeira líquida de R$ 7,77 bilhões registrada um ano antes, com a variação cambial levando a ganhos de R$ 890 milhões nas operações com derivativos.

Ao fim de setembro, a alavancagem financeira da Suzano em dólares estava em 2,1 vezes, frente a 2,3 vezes três meses antes.

A companhia está investindo R$ 19,3 bilhões no Projeto Cerrado, que compreende a construção de uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.