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Magazine Luiza não estava preparado para piora econômica e redimensiona negócio
O Magazine Luiza disse hoje, em teleconferência de resultados, que não estava preparado para a piora macroeconômica verificada após a última teleconferência de resultados, do terceiro trimestre, e que, desde então vem sendo feitas mudanças na empresa e que estão hoje numa melhor situação para enfrentar essa fase.
“Nada mudou significativamente em termos macro do último call, a diferença é que estamos melhor preparados. Na outra [teleconferência] não estávamos, nem os grandes gestores de fundos e nem ninguém estava para falar a verdade preparado para essa inflação e alta dos juros. mas nossa estratégia não mudou ao que estamos fazendo [para se ajustar], mantendo foco em diversificação de categorias no marketplace”, disse Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza.
A ação estava em leilão até por volta das 10h15 e caía 11,82%, a R$ 4,70. Analistas têm ressaltado números piores que o esperado pelo mercado. O Goldman Sachs disse hoje que as projeções já eram ruins, e os números vieram piores.
Segundo a empresa, o foco em diversificação reduz dependência de produtos eletroeletrônicos, linha duramente afetada pela queda em consumo na segunda metade de 2021. Sobre esses “ajustes” que Magazine cita, a empresa dá poucos detalhes.
“As vendas no quarto trimestre vieram abaixo das nossas expectativas. Temos uma ‘capacity’ que estamos dimensionado para um volume que não ocorreu e estamos fazendo isso em contratos, equipes e prestadores de serviços para dimensionar estrutura para o volume que mercado dimensiona para este momento”, disse ele, que continua: “Não estávamos esperando o que veio e estamos agora [melhor preparados]”.
Questionado por analista sobre efeito em rentabilidade — a margem bruta melhorou no quarto trimestre por causa de receita com serviços e a margem ebitda foi negativa —, Trajano disse que isso deve melhorar gradualmente.
“Nesse ano ainda vamos ter um ajuste de estoques e de ‘capacity’ que começou no primeiro trimestre”.
Sobre estoques, o montante subiu em 2021 e a companhia disse meses atrás que faria redução após outubro. “Devemos ter R$ 1 bilhão a menos de estoques nos primeiros meses de 2022 e em março já estamos num nível melhor”, disse Vanessa Rossini, executiva da área de relações com investidores. Eram R$ 9,2 bilhões em mercadorias para revenda em estoque em dezembro (parte inclui compra para a liquidação de janeiro), versus menos de R$ 6 bilhões um ano antes.
A empresa fechou o quarto trimestre com alta de menos de 1% na venda pelo marketplace de produtos de seu estoque e com vendas totais (digital e lojas) subindo 4% — alguns bancos projetavam alta maior, de 6%.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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