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Lucro líquido da Cyrela (CYRE3) avança 21,5% no 3º tri, na base anual
A incorporadora Cyrela elevou seu lucro líquido em 21,5% no terceiro trimestre, sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 289 milhões. O valor também representa um aumento de 91,4% sobre o segundo trimestre deste ano.
A receita líquida da companhia cresceu 21% em um ano, para R$ 1,56 bilhão, e a margem bruta ficou em 33,9%, queda de 0,8 ponto percentual ante o terceiro trimestre de 2021.
A empresa elevou suas vendas totais contratadas, contabilizando apenas a participação da Cyrela, em 49% sobre a base anual, para R$ 1,8 bilhão, o que contribuiu para os resultados positivos no lado financeiro. Os lançamentos cresceram 8,2% no mesmo período, para R$ 2,1 bilhões, também contabilizando apenas a parte da Cyrela.
Segundo Miguel Mickelberg, diretor financeiro da companhia, o trimestre trouxe arrefecimento da inflação de insumos da construção, sem grandes reajustes. Apesar do mercado continuar “desafiador”, ele ressalta que não foi preciso oferecer descontos ou reajustar para baixo o preço das unidades para auxiliar as vendas.
A Cyrela registrou também geração de caixa de R$ 188 milhões no terceiro trimestre, o primeiro do ano a apresentar o indicador positivo, destaca Mickelberg. Contribuiu para isso a venda de ações da Cury realizada em setembro. Agora, a incorporadora tem 24,24% de participação na empresa especializada em habitação econômica. “Houve um impacto de R$ 64 milhões no lucro”, afirma o executivo.
No quarto trimestre, a companhia lançou a primeira torre de um empreendimento na Zona Sul da capital paulista que terá cerca de R$ 2 bilhões em VGV, divididos entre a Cyrela, a Lavvi e Hines — as duas primeiras com 45% de participação cada e a terceira com 10%.
O Eden Park By Dror deverá ter seis torres residenciais, uma torre de escritórios e um shopping, além de parque com 8 mil metros quadrados.
As demais fases do projeto serão lançadas em 2023, diz o executivo. A torre residencial tem unidades de 94 e 134 metros quadrados, vendidos a cerca de R$ 14.950 o metro quadrado. O valor geral de venda (VGV) dessa primeira torre é de R$ 480 milhões.
A empresa também lançou um projeto no Rio Grande do Sul.
Para o executivo, os resultados do ano, até agora, mostram que a empresa é resiliente, mas é preciso ficar atento aos desdobramentos que a formação do novo governo poderá levar à economia do país.
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