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Os planos da Eneva (ENEV3) para atingir Ebitda de R$ 10 bi até 2027
Lino Cançado, CEO da companhia, mencionou alguns projetos que irão ajudar a empresa a chegar a 80% de receita fixa
A Eneva (ENEV3), empresa que cuida da exploração e produção de gás e de hidrocarbonetos em geral, além de ser uma geradora de energia termoelétrica e comercializadora de energia e de gás, pretende alcançar um Ebitda de R$ 10 bilhões até 2027, foi o que falou Lino Cançado, CEO da empresa, em entrevista para Inteligência Financeira.
“Lá para 2027, quando acabar as construções de projetos na Amazônia, vamos ser uma companhia de receita fixa maior do que é a de hoje e muito menos dependente das sazonalidades da chuva”, afirma o executivo durante a 16ª LatAm CEO Conference Itaú BBA.
Ainda de acordo com Cançado, antes de 2022, a Eneva tinha uma receita variável e fixa de 50% para cada. “Nós estamos caminhando para ter 80% de receita fixa com os novos projetos”, garante.
Durante a entrevista, o executivo também mencionou sobre o recente anúncio do acordo com a White Martins em relação à produção de energia solar.
“O nosso projeto, [chamado] Futura, é um dos maiores parques solares da América Latina com cerca de 670MW instalados. E o acordo que fechamos com a White Martins é um contrato de autoprodução durante 15 anos. Então, eles se tornaram, de certa forma, sócios do parque e podem usufruir do benefício de autoprodução. Portanto, a Eneva opera o parque e tem as receitas de venda de energia deste local”, conta.
E isto, claro, é parte dos planos de receita fixa da Eneva. “Nós não compramos um ativo somente pelo fluxo de caixa que daria para empresa. A gente enxerga possibilidade de melhorar o retorno desse ativo. Ou seja, procuramos adquirir ativos que dentro da plataforma da Eneva conseguimos extrair ainda mais valor”, analisa o CEO.
“Inteligência financeira é conhecer um pouco o que está acontecendo no mercado e ser capaz de se antecipar ou tomar decisões corretas de acordo com o que a gente conhece do mercado. Então, a inteligência é justamente esse conhecimento de mercado para a tomada de decisão”, afirma.
O executivo assumiu a presidência da Eneva em janeiro deste ano. Lino Cançado está na Eneva há oito anos e, há cinco ocupava a cadeira de diretor de Operações (COO). Anteriormente, ele era o responsável pela área de Exploração & Produção da companhia e foi COO da Parnaíba Gás Natural (PGN) antes da incorporação pela Eneva.
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