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B3 (B3SA3) tem resultado sólido no 3° tri, mas analistas divergem sobre rumo das ações da empresa
Os analistas da XP consideraram os resultados da B3 (B3SA3) como “sólidos”, apesar do volume de negociação médio diário (ADTV) ter sido pressionado. Segundo os analistas, a pressão na receita e o crescimento das despesas afetaram o lucro líquido no período, mas a companhia conseguiu manter uma rentabilidade sólida, apesar das margens mais baixas.
“Os sólidos resultados da B3 no 3T22 foram suportados principalmente pela maior receita de seus serviços de mercado de Balcão (OTC) e Tecnologia, que compensou a menor receita de seu segmento Listado devido a um menor volume transacionado médio diário (ADTV) nos últimos trimestres”, afirmam analistas em relatório enviado a clientes.
Eles mantiveram a recomendação neutra para os papéis da B3, com preço-alvo de R$ 14,00, considerando que os resultados não serão um gatilho para as ações.
Por volta das 13h25 desta sexta, as ações da B3 eram negociadas a R$ 13,04, em queda de 2,03%
Credit Suisse
O Credit Suisse reduziu hoje a recomendação para a ação da B3 de compra para neutra na esteira da divulgação dos resultados do terceiro trimestre. Para os analistas, a relação entre risco e retorno não é mais tão atrativa no momento, considerando o aumento das incertezas econômicas. O preço-alvo foi mantido do em R$ 14.
O lucro líquido recorrente da companhia, de R$ 1,15 bilhão, ficou 6% abaixo das estimativas do banco, devido à piora no resultado financeiro líquido. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente, de R$ 1,67 bilhão, veio 1,7% maior que o previsto.
Do lado positivo, os analistas destacam a estratégia de diversificação de receitas da B3 com importantes aquisições que devem posicionar a companhia para o futuro.
As projeções do Credit não foram alteradas. O banco acredita que o lucro líquido da B3 chegará a R$ 4,89 bilhões no ano e será de R$ 5,52 bilhões em 2023, considerando um aumento no volume de negociação de ações no próximo ano.
Segundo os analistas, o que pode colocar essa melhora em risco é o aumento da instabilidade política e econômica no país, que afetaria o Ibovespa, alterações fiscais e regulatórias, o aumento da concorrência e uma eventual decisão negativa sobre contingências tributárias.
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