Azul trouxe resultados do 4º tri em linha com as expectativas, diz BofA
A Azul reportou resultados praticamente em linha com as expectativas, avalia o Bank of America (BofA) em relatório, destacando os rendimentos em níveis recordes e 2% acima das estimativas do banco. Por outro lado, comenta sobre os custos mais altos, impulsionados principalmente por tráfego e atendimento ao cliente, além de vendas e marketing.
Os analistas Rogério Araujo e Gabriel Frazao ressaltam que os ganhos de conversão cambial de R$ 772 milhões também sustentaram o lucro líquido da Azul de R$ 1,10 bilhão e destacam que a Azul queimou R$ 392 milhões no quarto trimestre, sem incluir a variação da dívida, terminando o período com uma posição de caixa de R$ 668 milhões.
A empresa reportou Ebitda de R$ 3,2 bilhões nos últimos 12 meses, com uma alavancagem (dívida líquida ajustada sobre Ebitda) de 10,7 vezes. Já os pagamentos de arrendamento operacional ficaram em linha com o esperado pelo BofA, em R$ 868 milhões.
Além disso, a empresa anunciou que renegociou com mais de 90% de seus arrendadores uma redução dos pagamentos de arrendamento para eliminar os diferimentos da covid-19 e a lacuna entre arrendamento contratual da Azul e taxas de mercado atuais. Em troca, os arrendadores receberão uma nota negociável com vencimento em 2030 e patrimônio líquido.
O BofA tem recomendação de venda e preço-alvo de R$ 10,70 para as ações da Azul, em linha com a cotação atual. O banco espera um caminho longo e difícil para a recuperação total, com rendimentos pressionados e a volatilidade do Real como os principais riscos potenciais do caso de investimento.
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