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IPCA-15: Prévia da inflação acelera a 0,35% em setembro puxada por alta de 5,18% na gasolina
O IBGE informou nesta terça-feira (26) que o IPCA-15 subiu 0,35% em setembro depois de ter ficado em 0,28% em agosto. Assim, a prévia da inflação oficial brasileira acelerou a 5% no acumulado em 12 meses ante 4,24% do mês passado.
Os resultados ficaram praticamente em linha com as expectativas dos agentes financeiros, de alta de 0,37% na taxa mensal e de avanço a 5,02% na soma em um ano, conforme as Projeções do Broadcast.
Gasolina pesa no bolso em setembro
Entre os destaques do IPCA-15 de setembro, o IBGE aponta que a maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 ponto percentual) vieram de transportes, devido principalmente à alta de 5,18% na gasolina. O combustível foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,25 p.p.).
Quanto aos demais combustíveis, óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%) também tiveram alta, enquanto o etanol (-1,41%) registrou queda nos preços.
Após o recuo de 11,36% em agosto, houve alta de 13,29% nas passagens aéreas em setembro.
O grupo habitação (0,30% e 0,05 p.p.) desacelerou em relação ao mês anterior (1,08%). A energia elétrica residencial variou 0,66% no mês depois de acelerar a 4,59% no mês anterior.
Em saúde e cuidados pessoais (0,17%), o destaque foi a alta no item plano de saúde (0,71%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho, explica o IBGE.
Comer em casa segue mais barato
No lado das quedas, o grupo alimentação e bebidas teve nova deflação (-0,77%) e contribuiu para aliviar o índice geral (-0,16 p.p.).
O recuo foi influenciado novamente pela deflação nos preços da alimentação no domicílio (-1,25%), à exemplo dos três meses anteriores.
Além disso, destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%).
Por outro lado, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram de preço, com destaque para o limão (32,20%) e para a banana-d’água (4,36%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao resultado do mês anterior (0,22%).
Foram registradas altas no lanche (0,74%) e na refeição (0,35%). Em agosto, as variações desses subitens haviam sido de 0,14% e 0,35%, respectivamente.
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