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IPCA fica em 1,01% em fevereiro e acumula alta de 10,54% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,01% em fevereiro, após alta de 0,54% em janeiro. É o maior resultado para o mês desde 2015, quando a inflação oficial brasileira subiu 1,22%. Em fevereiro de 2021, ficou em 0,86%.
Já o resultado acumulado em 12 meses atingiu a marca de 10,54%, ante 10,38% até janeiro, e a maior taxa em 12 meses desde novembro de 2021 (10,74%). As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação de preços mensal ficou acima da mediana das projeções de 41 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de uma alta de 0,94%, e dentro do intervalo das projeções, que iam de 0,79% a 1,14%.
Por que importa?
O IPCA é a medida oficial da inflação no país e está em um patamar elevado, encarecendo a maioria dos produtos ao consumidor, pressionado o Banco Central a subir juros.
Como afeta seus investimentos?
A tendência é que a inflação acelere em fevereiro, colocando mais pressão sobre o Banco Central por novos aumentos da Selic. Bancos já estão revisando seus cenários para o fim de 2022, projetando juros maiores. Por enquanto, a expectativa é de uma Selic de 12,25% ao fim deste ano.
Se o IPCA superar as expectativas, os juros futuros devem subir, favorecendo ativos de renda fixa pós-fixados em detrimento dos ativos de renda variável e da renda fixa prefixada.
Fique por dentro:
Câmara aprova texto-base de projeto que muda ICMS sobre combustíveis e desonera diesel
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quinta-feira (10) o texto-base do projeto de lei que muda a forma de cobrança do ICMS sobre os combustíveis e cria subsídio para o diesel e gás natural até o fim do ano, uma resposta à escalada do barril de petróleo por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ainda falta a análise das emendas propostas pelos partidos. A proposta tem como um dos seus principais pontos a desoneração das alíquotas de PIS/Cofins, tanto no mercado interno quanto na importação, para o diesel, o biodiesel, o GLP (de petróleo e de gás natural) e o querosene de aviação até 31 de dezembro de 2022. Nas contas da equipe econômica, isso tem um impacto de R$ 19,5 bilhões para os cofres da União. A outra mudança é em relação ao ICMS dos combustíveis, com autorização para que os Estados troquem as atuais alíquotas, que são um percentual sobre o produto, para um valor nominal, em reais, a cada litro.
Subsídio para combustíveis
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nessa quinta-feira (10) que, “se houver escalada” da guerra da Rússia contra a Ucrânia, “aí sim” o governo federal estudará a implantação de subsídios para os combustíveis. “Se isso (guerra) se resolve em 30, 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada”, afirmou ele, em entrevista coletiva após reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. De acordo com ele, a ideia é que o Brasil vá se “movendo de acordo com a situação”. “A pandemia parece estar indo embora”, afirmou, dizendo que na sequência “houve essa guerra simultânea de grãos e petróleo”.
Pacote dos combustíveis
Guedes também afirmou que o “pacote dos combustíveis” reduzirá em R$ 0,60 o preço do litro do diesel. O chamado “pacote de combustíveis” inclui o projeto de lei 1472, que altera a política de preços da Petrobras e cria uma conta de estabilização de tarifas, e o projeto de lei complementar 11/2020, que promove alterações na cobrança do ICMS nos Estados. “Essa onda de alta de preços foi atenuada em dois terços”, disse, já que o aumento anunciado pela Petrobras foi de R$ 0,90 (de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro nas distribuidoras).
Caminhoneiros contra o aumento dos combustíveis
A Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista entrou na quinta no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1a. Região) com um pedido de liminar para a suspensão do aumento de combustíveis anunciado pela Petrobras. Outras entidades ligadas ao setor de transporte também assinaram o pedido.
Alguns caminhoneiros, inclusive, estão organizando uma paralisação contra o aumento dos combustíveis.
Rússia proíbe exportação de 200 produtos em resposta a sanções do Ocidente
O governo da Rússia reagiu às sanções impostas pelo Ocidente devido à invasão da Ucrânia proibindo a exportação de mais de 200 produtos até o fim de 2022.
A lista inclui equipamentos médicos, agrícolas, elétricos e de telecomunicação, segundo o Ministério da Economia. Alguns tipos de veículos e produtos florestais, como madeira também estão na relação.
(Com Valor Econômico)
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