- Home
- Mercado financeiro
- Economia
- Caixa: nova presidente suspende consignado do Auxílio Brasil
Caixa: nova presidente suspende consignado do Auxílio Brasil
A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, anunciou na quinta-feira (12) que o banco suspendeu a oferta de crédito consignado a beneficiários do Auxílio Brasil (agora Bolsa Família).
Segundo a nova presidente, que falou em entrevista coletiva, a Caixa e o governo tomaram essa decisão em razão da atualização do Cadastro Único pelo Ministério do Desenvolvimento Social e também por conta dos juros, de 3,45% ao mês.
“Não é de bom tom que a gente mantenha. Os juros para essa modalidade é muito alto, estamos suspendendo para reavaliar a questão dos juros”, explicou.
A presidente afirmou, no entanto, que não vislumbra, neste momento, nenhum perdão da dívida a quem contratou o produto, que foi impulsionado antes do segundo turno das eleições. “O banco não tem como fazer isso”, ela afirmou. Rita Serrano disse, no entanto, que há uma oportunidade para renegociar os juros, mas que isso ainda está sendo estudado com o governo federal.
Em relação ao programa Desenrola, que será voltado para os endividados, Serrano afirmou que ele deve ficar pronto no início de fevereiro e que a Caixa, com o Banco do Brasil, terão papel fundamental. Hoje, os dois bancos se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para fechar detalhes do programa.
Questionada sobre trocas em todas as vice-presidências da Caixa, o que é aguardado nos bastidores do banco, Serrano falou que está reavaliando. “Não temos definição sobre isso neste momento. Se houver necessidade, será feito cumprindo o roteiro do banco”, respondeu, ao falar sobre regras estatutárias de seleção e cumprimento da lei das S.A. Ela somente anunciou que está recriando a vice-presidência de Pessoas, “que foi abandonada”.
A nova presidente afirmou que pretende ir ao Tribunal de Contas da União para renegociar o prazo de devolução de R$ 20 bilhões à União, que foram transferidos à Caixa pelo Tesouro durante gestões petistas – o acordo prevê a devolução do montante em quatro anos. Segundo Serrano, o prazo precisa ser rediscutido porque tem potencial para causar “um impacto muito grande para o banco”.
Ela também disse que todos os programas de cunho político estão sendo reavaliados, como a oferta de microcrédito.
Leia a seguir