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Auxílio Brasil será financiado com taxação de lucros e dividendos, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que uma das prioridades do governo do presidente Jair Bolsonaro, caso seja reeleito, será dar continuidade ao pagamento do Auxílio Brasil.
Em transmissão ao vivo promovida pela Suno, Guedes disse que a continuidade do benefício seria financiada com a taxação de lucros e dividendos.
“A prioridade absoluta é o pagamento do Auxílio Brasil, que é um programa de transferência de renda três vezes mais forte que o Bolsa Família. Mais do que triplicamos o programa, e queremos garanti-lo. É o maior programa de transferência de renda que já foi feito”, disse.
“A primeira coisa que temos de fazer é a tributação de lucros e dividendos para financiar esse auxílio. Quando você cria o beneficio, tem de dizer de onde vem a fonte permanente. Queremos avançar também na reforma tributária. Lucros e dividendos não pagam [imposto de renda]. São R$ 300 bilhões por ano. E isso não é justo”, continuou.
Salário mínimo acima da inflação em 2023
Guedes voltou a dizer que o governo Bolsonaro pretende corrigir o salário mínimo acima da inflação a partir do ano que vem. “Se na pandemia, naquela confusão toda, demos reajuste no salário mínimo e para aposentados de acordo com a inflação, agora que pandemia foi embora, podemos dar aumento real, acima da inflação”, afirmou.
Ele criticou propostas do programa de governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva, rival de Bolsonaro no segundo turno no próximo domingo, afirmando que não está claro se haverá continuidade do Auxílio Brasil em caso de vitória do ex-presidente. “Lá está escrito que irão substituir o Auxílio Brasil. Estão falando de seguro-família e mais uma renda básica da cidadania. Eles precisam explicar isso”, afirmou.
Guedes afirmou que a concepção do Auxílio Brasil pelo governo Bolsonaro é inspirada na “renda básica de Milton Friedman”. “O nosso programa é na veia. Quer ajudar o pobre? Dá direto, na veia, no bolso do pobre. Esse é nosso programa”, disse.
Desoneração de empresas
O ministro afirmou ainda que é preciso desonerar as empresas para que haja mais investimentos e aumento da produtividade na economia.
“Quando Margaret Thatcher e [Ronald] Reagan mexeram nos impostos das empresas, foram considerados radicais. Não pode tributar muito empresas”, afirmou. “Investimentos, inovações, aumento de produtividade, salários aumentam quando se tem mais capital.”
Ele disse que “o outro lado [Lula] gosta de impostos”. “O social-democrata não acredita nos mercados, tolera. Não é coincidência que a esquerda está desmanchando a América Latina. E os anglo-saxões e o Brasil estamos indo por esse caminho, acreditamos que a economia de mercado cria riqueza. E o governo tem de ajudar a remover arestas, justamente com a mão amiga, ajudando os mais frágeis, que ficaram para trás, que têm dificuldades”, disse.
“Você quer ajudar o pobre? Você dá a transferência de renda direta. O empréstimo é para família de classe média, que tem recurso. O jovem de periferia, mais frágil, tem que receber o voucher, direto”, concluiu.
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