ETF de títulos atrelados à Selic estreia na bolsa brasileira

O LFTS11 é mais uma alternativa para as pessoas físicas que estão construindo a reserva de emergência ou não sabem quando precisarão do dinheiro

ETF é a sigla em inglês para fundo negociado em Bolsa (Exchange Traded Fund). - Ilustração: Luli Tolentino
ETF é a sigla em inglês para fundo negociado em Bolsa (Exchange Traded Fund). - Ilustração: Luli Tolentino

O primeiro ETF que acompanha o desempenho dos títulos públicos atrelados à Selic da bolsa brasileira começa a ser negociado nesta quarta-feira (9). Os ETFs são fundos com cotas negociadas em bolsa que acompanham um indicador de mercado. O novo produto, chamado de LFTS11, foi criado pela gestora Investo, dedicada a ETFs. O índice que ele segue, o Teva Tesouro Selic, foi desenvolvido pela Teva Índices.

O fundo é mais uma alternativa para as pessoas físicas que estão construindo a reserva de emergência ou não sabem quando precisarão do dinheiro, devido a combinação entre alta liquidez e baixo custo. Em comparação a outras opções indicadas para isso, como títulos atrelados à Selic do Tesouro Direto, CDBs com rendimento de 100% do CDI e fundos DI com taxa zero, ele tem desvantagens e vantagens.

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Prós e contras do LFTS11

Uma desvantagem é que a liquidez é de D+1, e não diária, o que indica que demora um dia útil para o dinheiro resgatado cair na conta do investidor.

Já as maiores vantagens são tributárias. O indicador do ETF acompanha apenas títulos públicos atrelados à Selic com prazo de vencimento acima de 720 dias, ou seja, dois anos.

Os títulos públicos atrelados à Selic ou ao CDI estão sujeitos a tributação do Imposto de Renda pela tabela regressiva, que estabelece uma alíquota de 22,5% a 15%, conforme o período do investimento. Quanto maior esse período, menor a alíquota. Para resgates de papéis com prazo de vencimento acima 720 dias, a alíquota é a menor, de 15%.

Pode ser bom para você?

Assim, o novo fundo permite aos investidores a tributação mais baixa, independentemente do prazo de manutenção do investimento. Além disso, o investidor não paga Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado nos títulos atrelados à Selic ou ao CDI se a aplicação for por um período de até 30 dias.

É bom lembrar que existem títulos atrelados ao CDI isentos de Imposto de Renda, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Contudo, é comum que esses papéis possam ser resgatados apenas depois de um período.

Além disso, a taxa de administração do fundo é de 0,19% ao ano, abaixo da taxa de custódia paga pelas pessoas físicas quando investem acima de R$ 10 mil em títulos atrelados à Selic no Tesouro Direto, de 0,25% ao ano. Contudo, comprando diretamente no Tesouro Direto, a taxa é zero para investir até R$ 10 mil nesses papéis.

Por Júlia Lewgoy

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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