Renda passiva: como receber dividendos mensais em diferentes investimentos?
Saiba onde investir para ter esses proventos e como montar uma estratégia focada no objetivo
Como receber dividendos mensais? Essa é uma dúvida comum de quem já investe em ações ou quem quer começar neste universo da bolsa de valores. Antes de tudo, é importante entender se esse tipo de estratégia pode servir para você. “Uma estratégia focada em dividendos pressupõe que o investidor queira investir em renda variável, e investir nessa classe de ativos já indica um perfil de investidor mais agressivo”, explica Bruno Rocio, assessor de investimentos da Raro Investimentos.
Por outro lado, na visão do especialista, é importante ressaltar que dentro da categoria de produtos de maior volatilidade e risco, essa é uma estratégia interessante para quem busca uma renda mensal hoje ou na sua aposentadoria. “As ações focadas em dividendos são interessantes para perfis um pouco mais conservadores, que preferem investimentos mais seguros e estáveis em vez de ativos mais voláteis, como, por exemplo, ações de crescimento”.
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Uma estratégia com riscos
Mesmo sendo uma opção mais “estável”, uma estratégia focada em dividendos não é isenta de riscos. “Empresas podem reduzir ou eliminar dividendos, assim como o valor das ações ou cotas de fundos imobiliários podem variar no mercado. Além disso, o rendimento dos dividendos pode ser afetado por mudanças nas condições econômicas e no desempenho da empresa”, explica Bruno.
Por isso, segundo o especialista, é fundamental entender seus objetivos financeiros, tolerância ao risco e fazer uma análise completa dos ativos que compõem sua carteira.
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Onde investir para ter dividendos mensais?
Por ser um mercado dinâmico, o melhor produto com foco em dividendos pode variar de tempos em tempos. “Geralmente, o mais recomendável seria investir em ações boas pagadoras de dividendos e também nos chamados fundos imobiliários”, explica Bruno.
Os fundos imobiliários, ou FIIs, são veículos de investimento coletivo que têm como objetivo aplicar recursos principalmente no mercado imobiliário. “Eles permitem que investidores, em vez de comprar imóveis diretamente, adquiram cotas em um fundo, dando-lhes exposição a uma carteira diversificada de ativos imobiliários”, explica o especialista.
Já as ações representam uma parte de uma empresa. “Quando você compra ações de uma empresa, está adquirindo uma parte da propriedade dessa empresa e se torna um acionista. As ações são emitidas pelas empresas para levantar capital para financiar suas operações, expansões e outros empreendimentos”, explica o assessor.
Como montar uma carteira focada em dividendos?
Montar uma carteira que inclua ações e fundos imobiliários é uma estratégia interessante do ponto de vista de diversificação. “É importante lembrar que a escolha de um FII deve ser baseada em uma análise cuidadosa dos objetivos de investimento, do perfil de risco e das perspectivas do mercado imobiliário”, explica Bruno.
O especialista destaca: é interessante escolher fundos que investem em tipos de propriedades com potencial de geração de renda sólida, como shoppings, escritórios, galpões logísticos ou imóveis residenciais. “Uma dica é avaliar o histórico de rendimentos do FII, monitorar a saúde dos ativos imobiliários subjacentes e, por último, tentar acompanhar as decisões dos gestores do FII”.
Já a escolha de ações de empresas boas pagadoras de dividendos, de acordo com o assessor, requer também pesquisa e análise cuidadosa. “O desempenho de uma ação no que diz respeito a dividendos pode variar ao longo do tempo, e é importante considerar vários fatores ao tomar uma decisão de investimento. Tente identificar empresas de qualidade com histórico sólido de pagamento de dividendos e boa saúde financeira”.
Além disso, outro ponto importante quando o assunto é dividendos mensais é a frequência de pagamento das empresas. Muitas das companhias listadas pagam dividendos regularmente. O ideal, portanto, é olhar as datas de distribuição de lucro das companhias que pretende investir.
Histórico não define futuro
Independentemente da escolha das ações ou cotas do fundo, é importante lembrar que o histórico de dividendos não é garantia de desempenho futuro. “É importante realizar análises financeiras e considerar o contexto macroeconômico ao escolher ações para investir”, explica Bruno.
Por fim, para determinar a alocação dos ativos e a proporção na carteira é essencial considerar os seus objetivos, horizonte de investimento e tolerância ao risco. “Não tem fórmula mágica. Lembre-se de que todas as decisões de investimento envolvem riscos, e é importante entender completamente os ativos em sua carteira e como eles se alinham com seus objetivos financeiros”, diz o especialista.