As turbulências no mercado afetaram os fundos de investimentos ligados ao agronegócio?

Apesar da queda do setor no terceiro trimestre, o Fiagro deve crescer no ano que vem

Fiagro: alta de juros impulsiona modalidade que investe em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). - Ilustração: Renata Miwa
Fiagro: alta de juros impulsiona modalidade que investe em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). - Ilustração: Renata Miwa

A receita do setor agropecuário em geral caiu 8% no terceiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, puxando a queda de 0,1% do PIB do período. De acordo com o IBGE, essa foi a pior queda trimestral do setor desde o primeiro trimestre de 2012. Segundo Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o resultado foi uma junção de alguns fatores. “O setor enfrentou um dos piores cenários com seca, quebra de safra, crise hídrica e transporte mais caro. Isso tudo levou a uma queda mais forte.”

Com as turbulências no mercado, surge a dúvida: como ficam os investimentos ligados ao setor? Na visão de Gustavo, não há motivo para pânico. “O primeiro semestre foi muito bom para o agronegócio. O setor conseguiu passar por esse ano sem muito impacto. Foi algo pontual. O agro tem sido um dos setores que mais se destacam, com muitas empresas vindo ao mercado, seja para fazer IPO ou buscar recursos pelo Fiagro, por exemplo”, ressalta.

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Os Fundos de Investimento das Cadeias Agroindustriais (Fiagro) estão, inclusive, entre as prioridades na agenda regulatória da CVM para 2022. “Desde que lançamos a norma provisória e experimental que possibilitou a constituição de Fiagro já tivemos quase 30 registros, revelando o potencial desse veículo de investimento coletivo especificamente criado para aplicar recursos no agronegócio brasileiro”, afirma Antonio Berwanger, superintendente de desenvolvimento de mercado da CVM em comunicado.

O que você deve esperar para o ano que vem?

Para o próximo ano, segundo Gustavo, podemos esperar um crescimento do agronegócio e dos investimentos ligados ao setor. “O agro ainda é tímido em termos de mercado. Tem muitas empresas passando por profissionalização, trazendo mais tecnologia para o campo. Ou seja, ainda é um setor que tem muito a crescer”, ressalta. 

O estrategista entende que os produtos de investimento ligados ao setor são boas indicações, e, para o ano que vem, devem ganhar mais espaço. “Por ser um produto novo, o Fiagro ainda tem pouca cobertura, mas eu entendo que é um investimento interessante. É uma boa oportunidade para aproveitar esse crescimento do mercado”, afirma Gustavo.

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