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Descubra qual investimento rendeu o dobro do Ibovespa nos últimos 27 anos
Todo início de ano é sempre igual: quais serão os melhores investimentos no ano que se inicia? Analistas, estrategistas, gestores, todos dão suas projeções. Alguns até acertam. Mas, a verdade é que alguém já disse, na prática, a teoria é outra. Muitas vezes, a realidade se impõe e deixa as previsões no vácuo. Ainda assim, vale a pena checar o que estes profissionais de investimento estão esperando de 2023. No vídeo abaixo te explico em quais assuntos você deve prestar atenção neste ano.
Rainha absoluta?
Há um consenso de que este volta a ser o ano em que a renda fixa vai reinar absoluta. Mas, se você está procurando um bom destino aos seus investimentos, dê uma olhada nestes números. Nos últimos 27 anos, a taxa média real do CDI ao ano foi de 8%. O CDI é a referência das aplicações em renda fixa. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, o ganho médio real foi de 4,6% ao ano. Isso é uma jabuticaba.
No mundo global dos investimentos, o retorno com ações têm uma superioridade no ganho sobre a renda fixa no longo prazo. Mas, no Brasil, a luta pela estabilidade monetária, ou seja, para combater a inflação, sempre usou a taxa de juro como principal arma.
Por que 27 anos?
Por que 27 anos? Porque esse é o tempo que comecei a cobrir finanças e investimentos na extinta Gazeta Mercantil, que já foi o principal jornal de economia da América Latina.
Nesse período, eu cobri os altos e baixos da economia brasileira. E o que eles têm em comum? Em geral, as taxas de juro estiveram em patamares de dois dígitos.
Sim, houve um tempo em que as taxas caíram, seja na marra, como foi no governo Dilma, seja porque o risco país teve melhora expressiva e a inflação manteve-se dentro da meta, como no governo Lula. Mas, no acumulado de três décadas, as taxas estiveram lá no alto, exibindo sua superioridade sobre a renda variável.
Quem aplicou R$ 100 mil em investimentos atrelados ao CDI nesses 27 anos, teria hoje na conta R$ 5 milhões. Já no Ibovespa, os mesmos R$ 100 mil virariam R$ 2 milhões.
Mas, esse foi um tempo em que chegamos a ter taxas de juro de 4% ao mês. Por mais altos e baixos que a economia brasileira experimente nos próximos meses e anos, ninguém acredita que isso voltará a acontecer. Não naqueles patamares. Mas, continuarão com taxas altas por um bom tempo. No Tesouro Direto, por exemplo, já há títulos que estão pagando 6% acima da inflação ao ano.
Então, esqueça as ações? Não. Falei do Ibovespa. Há ações de empresas que bateram, não só os principais índices da Bolsa, como também as taxas de juro.
Por isso, é importante acompanhar o que dizem os analistas de ações e ficar de olho em oportunidades que sempre aparecem.
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