Descobrimento da América: o que as Grandes Navegações ensinam sobre investimentos?

A jornada dos investidores brasileiros além-fronteiras é grande aprendizado rumo à diversificação

Investir no exterior tem algumas tarifas. Fique de olho - Foto: Lisa Marie David/Reuters
Investir no exterior tem algumas tarifas. Fique de olho - Foto: Lisa Marie David/Reuters

Em uma manhã como a desta quinta (12), porém em 1492, a história da humanidade mudava de maneira irrevogável. Cristóvão Colombo, com suas três pequenas caravelas e uma grande dose de determinação, chegou a terras desconhecidas. Aquilo que ele acreditava ser uma rota para as Índias acabou sendo a descoberta de um novo continente, a América. Esse evento, tão célebre quanto imprevisível, ampliou a visão do mundo de todos os europeus da época. No Brasil, a data passa um tanto desapercebida, em meio às celebrações do dia das crianças e de Nossa Senhora Aparecida.

Aqui, sentado em meu escritório, rodeado de números, gráficos e relatórios, não posso deixar de traçar um paralelo entre a ousada jornada de Colombo e a aventura dos investidores brasileiros que, nos dias atuais, descobrem as terras inexploradas dos investimentos no exterior.

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Muitos investidores brasileiros têm uma tendência ao “home bias”. Investem pesadamente em ativos locais, relutando em aventurar-se além das fronteiras nacionais.

O que é o “home bias”?

O “home bias,” ou “viés doméstico,” é a propensão dos investidores a alocar uma parte desproporcional de seus ativos financeiros em ativos domésticos em comparação com ativos estrangeiros. É como se os ativos brasileiros fossem o seu próprio mundo conhecido, e qualquer outro mercado fosse uma espécie de “Terra Incógnita” assustadora.

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Mas, assim como Colombo descobriu um continente cheio de oportunidades e riquezas além de sua imaginação, os investidores que superam o “home bias” podem encontrar vantagens incríveis ao investir no exterior. Vamos dar uma olhada em algumas delas:

1. Diversificação global

Investir no exterior permite uma diversificação mais ampla da carteira, reduzindo o risco associado a uma economia ou mercado específico. Se uma terra desconhecida trouxe tanto valor para Colombo, imagine o que diferentes mercados podem fazer por um portfólio, afinal como já dizia Harry Markowitz: “a diversificação é o único almoço grátis”

2. Proteção cambial

Assim como um navegador experiente deve entender as correntes e os ventos, os investidores internacionais devem compreender os movimentos cambiais. Mas, certamente uma moeda como o dólar tende a manter o poder de compra de uma forma muito mais clara que o Real.

3. Acesso a oportunidades únicas

Às vezes, a busca por riquezas leva a lugares inesperados. Investir no exterior oferece a oportunidade de acessar setores e empresas que podem ser difíceis de encontrar em casa. Inteligência Artificial, redes sociais, corrida espacial privada, energia limpa e automóveis elétricos são apenas alguns dos setores promissores da economia mundial, que não estão representados no mercado acionário local.

Por que não explorar mercados estrangeiros?

Portanto, meus caros, que tal ousar navegar além das águas familiares e explorar os mercados estrangeiros? Afinal, quem sabe o que tesouros financeiros vocês podem descobrir? Além disso, como bem poderia ter dito Colombo: “Você nunca sabe o que há além do horizonte, até dar o primeiro passo – ou o primeiro investimento!” E lembre-se: se Colombo conseguiu, você também pode!

*Texto escrito por Martin Iglesias, CFP e colunista íon, onde o artigo foi publicado originalmente. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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