Entenda operação da Polícia Federal contra a prática de ‘front running’ no mercado financeiro

Segundo a ação, grupo criminoso possuía taxa de êxito em operações de 'day trade' superior a 94%, a partir da utilização das informações privilegiadas

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (7) a “Operação Rabbit”. A ação visa investigar possível prática de “front running” no mercado financeiro.

Essa prática compreende obtenção ilegal de informações antecipadas sobre realização de operação nos mercados de bolsa ou de balcão – e que influenciam formação dos preços de determinados produtos de investimento.

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São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro. Sendo dois deles na Freguesia e outros dois na Tijuca, ambos bairros da zona norte da capital fluminense.

Por dentro da Operação Rabbit

Sem citar nomes, a PF informou que o grupo investigado teve ganho bruto de cerca de R$ 5 milhões por meio da prática ilegal. Assim, a PF informou que a Justiça também determinou o sequestro de bens e valores até o montante de R$ 5.141.045,34 – quantia arrecadada pelo grupo investigado a partir da prática criminosa.

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Também foi determinado pela Justiça, de acordo com informações da PF, afastamento de funcionário do seu cargo em uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) por envolvimento com o esquema ilícito.

Todas as ordens judiciais citadas foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.

Ganhos expressivos com ‘day trade’

A PF informou que, durante as investigações, foi constatado que o grupo criminoso possuía taxa de êxito em operações de “day trade” superior a 94%, a partir da utilização das informações privilegiadas.

As investigações contaram com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que apontou o ganho bruto de R$ 5.141.045,34 obtido pelo grupo com os “day trades” realizados no período de 2016 a outubro de 2022, informou a PF.

Com o aprofundamento das investigações, continuou a PF, foi possível descobrir que informações privilegiadas vinham de funcionário de Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), instituição financeira que visa intermediar a compra e venda de títulos e valores mobiliários.

Então, o homem em questão repassava as informações para pessoas conhecidas dele, com o intuito de que estas se antecipassem aos movimentos do mercado, detalhou a PF.

A PF detalhou que os investigados poderão responder pelos crimes de “front running”, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Se somadas, as penas máximas superam os 20 anos de reclusão, além de também envolverem multa e ressarcimento dos valores obtidos ilegalmente, informou ainda a PF.

Com informações do Valor Econômico

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