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Para quem servem os investimentos alternativos?
Os investimentos alternativos se diferenciam das classes de ativos tradicionais, como os da renda fixa e variável. Normalmente, são menos líquidos, mais voláteis, e podem oferecer oportunidades de retorno muito acima do oferecido pelos papéis mais tradicionais. A definição é: se não está na bolsa e não é renda fixa, é alternativo. Mas é preciso atenção: os riscos de perda podem ser maiores.
Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, essa classe volta-se para investidores moderados e agressivos – os que já conhecem bem o mercado. “Para estar no perfil mais adequado, tem que ter algum tempo investindo para entender como as coisas funcionam”, afirma.
Quais são os tipos de investimento alternativo?
Basicamente, se o investimento não entra na caixinha de renda fixa nem da variável, é um investimento alternativo. Alguns exemplos comuns de investimentos alternativos incluem:
Private Equity
São investimentos em empresas de capital fechado – as que não estão listadas em uma bolsa de valores. Os investidores de private equity, geralmente, adquirem uma participação substancial na empresa e buscam atuar de forma ativa na gestão para melhorar seu desempenho e posteriormente vender a participação com lucro. Isso pode acontecer tanto no mercado balcão quanto em fundos especializados.
Fundos Imobiliários
Os fundos desse tipo são geridos por empresas que possuem, operam ou financiam propriedades imobiliárias que produzem receita,ou papéis de crédito atrelados ao setor imobiliário. E, aí, eles oferecem uma forma de investir em imóveis sem ter que comprar propriedades físicas.
Commodities
Muitas vezes, investir em uma commodity pode ser uma estratégia para montar sua reserva de valor. As opções incluem produtos físicos como ouro, prata, petróleo, grãos, entre outros. Os investidores podem comprar commodities diretamente ou por meio de contratos futuros.
Arte
A compra e venda de obras de arte, antiguidades, vinhos e outros itens colecionáveis também são investimentos alternativos já que eles podem se valorizar – e muito – durante os anos. Mas, é claro, requer um bom olho e que se conheça muito bem o mercado em questão.
Criptomoedas e Ativos Digitais
Quando se fala em investimentos alternativos, os criptoativos são os primeiros a vir à mente porque são exemplos claros de tudo que caracteriza essa classe: promessas de futuro, ganhos exorbitantes e riscos elevados. Estão inclusas moedas digitais, tokens de ativos baseados em blockchain e NFTs.
Venture Capital
O investimento em startups emergentes em troca de participação acionária pode ser uma forma de participar do potencial crescimento de uma empresa desde as fases iniciais. Existem fundos dedicados a essas companhias, que não são públicas, assim como plataformas de crowdfunding – as famosas vaquinhas.
Como funcionam os investimentos alternativos?
Os investimentos alternativos costumam ser mais complexos, por isso, a maioria deles sofre com alguns tipos de limitação de acesso para o investidor iniciante. Naturalmente, a legislação dá passos pequenos à medida que o mercado vai se desenvolvendo, diz Jayme Carvalho, economista-chefe da SuperRico. “Mas, na maioria das vezes, esse tipo de ativo é para investidores profissionais ou qualificados”, explica.
Ele conta que esses investimentos costumam ser descorrelacionados de ativos mais tradicionais, como ações. Outra característica é a menor liquidez. “Os fundos de venture capital, por exemplo, não sofrem as mesmas pressões que a bolsa sofre com a alta de juros, já que as suas empresas não estão listadas”, exemplifica.
Como fazer investimentos alternativos?
Normalmente, essa classe de ativos requer um pouco mais de capital para entrar. Para Carvalho, esses são recursos de muito longo prazo, e por isso é preciso ter um bom planejamento financeiro e saber que há a possibilidade de perda do capital principal. “Por outro lado, se esses investimentos têm mais risco, a chance de retorno acima das médias é grande também”, diz.
Já a sócia da HCI Invest, Nayra Sombra, afirma que o indicado é que se estude muito sobre o produto e, depois, procure um profissional que conheça o ativo em particular para avaliar todos os riscos envolvidos.
Também é preciso ter uma carteira consolidada com os investimentos tradicionais e conhecer muito bem o mercado. “Tem que ler todos os documentos e lâminas com muita atenção para, depois, definir qual o percentual da sua carteira que pode correr mais risco e que, se você perder, não vai te imobilizar nem fazer muita falta”, completa.
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