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Renda fixa domina a carteira do brasileiros em 2024, aponta Anbima
Os investimentos das pessoas físicas somaram R$ 7,22 trilhões até o fim de setembro. O montante representa um aumento de 11,5% em relação ao volume investido até o término de 2023.
O valor divulgado nesta terça-feira (26) pela Anbima se refere a aplicações de clientes do varejo, tradicional e alta renda, e do private (segmento com mais de R$ 5 milhões investidos).
Nos primeiros nove meses do ano, o volume aplicado por clientes de varejo alta renda cresceu 12,9%, passando de R$ 2,2 trilhões, em dezembro de 2023, para R$ 2,5 trilhões, em setembro deste ano (dado mais recente).
Enquanto o varejo tradicional acumulou alta de 11,9%, chegando a R$ 2,39 trilhões no fim de setembro contra R$ 2,14 trilhões no fechamento do ano passado. Já o private avançou 9,6% no mesmo período, para um total de R$ 2,31 trilhões.
Renda fixa lidera com alta da Selic
Os produtos de renda fixa seguem fazendo sucesso nas carteiras dos brasileiros. Com crescimento de 13,8%, o instrumento totalizou R$ 4,16 trilhões em setembro contra R$ 3,65 trilhões no fim de 2023.
O investimento em produtos híbridos, que inclui fundos multimercados, cambiais, imobiliários, ETFs (Exchange Traded Funds ou fundos de índice) e COEs (Certificados de Operações Estruturadas), subiu 2,8%, de R$ 790,1 bilhões, em dezembro, para R$ 812,3 bilhões, no fim de setembro de 2024.
Neste mesmo período, as aplicações em renda variável cresceram 5,3%, alcançando R$ 1,03 trilhão. Enquanto os investimentos previdência avançaram R$ 15,2%, de R$ 1,04 trilhão para R$ 1,20 trilhão.
Na divisão por instrumentos, títulos e valores mobiliários cresceram 12,3% no período, totalizando R$ 3,26 trilhões; fundos registraram alta de 12%, para R$ 1,79 trilhão, e a poupança subiu 3,9%, alcançando a cifra de R$ 962 bilhões.
Isentos seguem em alta
O investimento em títulos isentos de Imposto de Renda chegou a R$ 1,18 trilhão, aumento de 10,3% na comparação com o fechamento de 2023. Isso com todos os produtos com o benefício fiscal apresentando variações positivas no semestre.
Os CRIs (Certificados Imobiliários) avançaram 32,5%, somando R$ 83,02 bilhões; enquanto os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) cresceram 23,7%, totalizando R$ 115,08 bilhões.
O avanço das LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio) foi mais tímido. De 5,7%, para R$ 339,35 bilhões, e de 7,7%, para R$ 450,59 bilhões, respectivamente.
LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) passaram de R$ 108,8 bilhões para R$ 114,4 bilhões, acumulando alta de 5,1% entre dezembro de 2023 e setembro de 2024.
As debêntures incentivadas cresceram 17%, para R$ 77,27 bilhões. Já as debêntures tradicionais, que não têm o benefício fiscal, somaram R$ 44,62 bilhões ao fim de setembro, aumento de R$ 26,7% ante dezembro do ano passado.
Outros produtos sem a isenção fiscal também avançaram. Os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) cresceram 15,5% no acumulado de 2024, alcançando a cifra de R$ 996,67 bilhões contra R$ 862,64 bilhões em dezembro.
Os títulos públicos (Tesouro Direto) totalizaram R$ 172,39 bilhões, alta de 15% na mesma base de comparação. Já o volume aplicado em açõessomou R$ 758,89 bilhões ao fim de setembro, um crescimento de 7,9% ante o fim de 2023.
FIDCs e fundos de renda fixa ganham mais espaço
Cerca de um ano após a abertura dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) para o varejo por meio da Resolução CVM 175, as aplicações no produto cresceram 52%, totalizando R$ 14,4 bilhões em setembro de 2024 em comparação ao final de dezembro de 2023. O valor equivale a quase 0,2% quando comparado aos R$ 7,2 trilhões investidos pelas pessoas físicas.
Os fundos de renda fixa avançaram 32,6%, totalizando R$ 766,95 bilhões. Os imobiliários (FIIs) registraram alta de 18,1%, para R$ 109,20 bilhões. Enquanto o crescimento dos investimentos em ETFs foi de 42,9%, somando R$ 10,68 bilhões.
Os brasileiros ampliaram em 15,9% as aplicações em FIPs (Fundos de Investimento em Participação), que terminaram os nove primeiros meses de 2024 com R$ 32,20 bilhões.
Por outro lado, registraram queda os fundos multimercados, os de ações (inclui fundos mútuos de participação) e os cambiais. Os primeiros recuaram 2,8%, chegando a R$ 614,19 bilhões.
Já os fundos de ações caíram 3,2% para R$ 241 bilhões e os cambiais, 23,3% para R$ 1,7 bilhão.
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