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Fundos crescem 10% em 2024, apesar da queda de R$ 356 bilhões dos multimercados
Em mais um ano de forte fuga dos multimercados, os fundos de investimento brasileiro contaram com ajuda decisiva da renda fixa para ampliar a captação em 10,1% em 2024.
Segundo dados da Anbima, a associação das empresas do mercado financeiro, o ano que passou foi de novo marcado pela aposta em produtos mais conservadores. E entra para a história como mais um desastre na trajetória dos hedge funds locais.
Com exceção dos produtos com exposição a ativos internacionais, fortemente ajudados pela desvalorização do real, todo o restante da classe de multimercado perdeu para o CDI. A taxa que caminha pari passu com a Selic encerrou o ano em alta de 10,8%. Assim, superou todos os índices que congregam os multimercados.
Com problemas de performance, então, os multimercados sofreram encolhimento de nada menos do que R$ 356 bilhões. Foi a maior marretada do ano no setor de fundos de investimentos.
Fundos de renda fixa brilham
Mas os fundos de renda fixa, por sua vez, nas palavras de Pedro Rudge, diretor da Anbima, foram as locomotivas do mercado em 2024.
“Eles cresceram R$ 243 bilhões e contaram com a ajuda, cada ano mais importante, dos ativos de crédito privado e de crédito bancário”, diz Rudge. O dirigente também é sócio e um dos fundados da gestora carioca Leblon Equitites.
Ele conta que dos R$ 7 trilhões alocados dentro dos fundos de investimento atualmente, 26,6% são de crédito privado ou bancário. Há quatro anos, essa participação era de 14,9%.
A principal concentração dos fundos continua sendo em títulos públicos, atualmente em 43,9%. Mas, há quatro anos, a alocação era de 51,3%.
Fundos de infraestrutura em 2024
Outra classe de fundos que também experimentou alta em 2024 é a de fundos de investimento em infraestrutura. O patrimônio líquido desses ativos iniciou o ano com R$ 68,4 bilhões e alcançou em dezembro alta de quase três vezes, com R$ 186,4 bilhões.
“Essa classe se beneficiou da isenção do Imposto de Renda e cresceu, principalmente, com as mudanças nas regras dos CRIs, CRAs, LCIs e LCAs. Pode ter havido uma migração para essa categoria”, conta Pedro Rudge.
Para 2025, segundo o diretor da Anbima, a tendência é de manutenção no atual cenário, com destaque para os produtos de renda fixa. “A gente espera que esse movimento se mantenha, com essa tendência de alta na taxa de juros Selic”, destaca.
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