Dividendo alto e preço atrativo: ETFs de infraestrutura brilham os olhos do investidor

As cotas de fundos (ETFs) de infraestrutura negociadas na B3 voltam a ganhar as atenções dos investidores no começo de 2025. Afinal, esses ETFs de infra têm se destacado devido às suas boas performances.
Alguns tiveram perdas pesadas no final de 2024, com gestoras reduzindo ou suspendendo os pagamentos de dividendos mensais.
Isso refletiu a elevação das taxas de títulos públicos indexados ao IPCA.
Após a recuperação parcial recente, com maior racionalidade dos investidores, os pagamentos de proventos tendem a se normalizar, dizem gestores.
Ademais, vários deles embutem renda com dividendos (dividend yield) acima de 10% no último ano, alguns acima de 15%.
Segundo a Anbima, o índice que mede o desempenho das debêntures com isenção fiscal subiu 1,35% em fevereiro,
Dessa forma, o IDA IPCA Infraestrutura teve o melhor desempenho da renda fixa no período.
“As debêntures ainda estão com um desconto atrativo”, afirmou a Sparta Investimentos em sua carta mensal.
Cenário mais positivo para ETFs de infraestrutura em 2025
Segundo gestores, os dividendos elevados e o benefício da isenção de Imposto de Renda nos ganhos para pessoas físicas devem servir como atrativos nesse sentido.
Além disso, pontuou a Sparta, o setor de infraestrutura tem mostrado resiliência diante da volatilidade recente das taxas de juros.
Assim, as captações de novos recursos para ETFs de renda fixa, que incluem os incentivados, seguem positivos em 12 meses, na contramão do mercado mais amplo de fundos.
Na esteira desse movimento, a B3 anunciou na última segunda-feira (10) um novo índice de renda fixa baseado em debêntures.
Segundo a operadora da bolsa de valores, o objetivo é acompanhar o desempenho médio das debêntures incentivadas com referência no IPCA, mais spread.
Simultaneamente, as emissões de novas debêntures de infraestrutura vêm ganhando tração.
Também de acordo com a Anbima, as emissões primárias de debêntures incentivadas atingiram R$ 14 bilhões em janeiro, mais de 20% superior a média mensal de 2024.
Confira as características dos ETFs de infra com isenção de IR
Portanto, a Inteligência Financeira apresenta abaixo um grupo seleto de ETFs de renda fixa na B3.
Todos estão disponíveis para o público em geral, com investimento inicial mínimo ao redor de R$ 100.
Código do fundo | Gestora | Taxa administração | Meta de Rentabilidade | Frequência dos dividendos | Rendimento 12 meses (DY) |
CDII11 | Sparta | 1% | CDI+2% | Mensal | 15% |
JURO11 | Sparta | 1% | IMA-B 5 +2% | Mensal | 12,6% |
BODB11 | Bocaina | 0,9% | NTN-B+ 1,5% a 2,5% | Mensal | 7,24% |
BINC11 | Bradesco | 0,9% | CDI+ 0,5% a 1% | Mensal | 5,26% |
BDIF11 | BTG Pactual | 0,75% | IMA-B + 2% | Mensal | 15,98% |
CPTI11 | Capitânia | 1% | NTN-B+ 1,5% a 2,5% | Mensal | 15,54% |
INFB11 | Drys Capital | 1,1% | IMA-B + 2% | Mensal | — |
INFA11 | Fator | 0,75% | CDI+ 0,5% a 1,5% | Mensal | — |
VANG11 | Icatu Vanguarda | 0,5% | IMA B-5+20% | Mensal | — |
BIDB11 | Inter Asset | 0,8% | NTN-B | Mensal | 16,24% |
IRIF11 | Iridium | 0,8% | CDI+ 1,5% | Mensal | 4,25% |
IFRI11 | Itaú | 0,85% | CDI+ 0,5% a 1% | Mensal | 8,45% |
IFRA11 | Itaú | 0,85% | IMA-B 0,5% a 1% | Mensal | 13,6% |
JMBI11 | Jive Mauá | Até 1,2% | IMA-B | Mensal | 7,48% |
KDIF11 | Kinea | 1,1% | CDI | Mensal | 11,6% |
OGIN11 | Nikos | 1% | CDI | Mensal | 20% |
NUIF11 | Nubank | 1% | IMA-B | Mensal | 12,3% |
PRIF11 | Pátria | Até 1,4% | NTN-B+ 0,5% a 1,5% | Mensal | — |
RIFF11 | Paramis | 0,84% | 120% do IMA-B 5 | Mensal | — |
DIVS11 | Sparta | 1% | IDkA IPCA 5A+ 2% | Periódica | — |
SNID11 | Suno | 1% | CDI | Mensal | 10,4% |
TNXS11 | Tenax Capital | 1% | IMA-B 5 +2% | Mensal | — |
XPID11 | XP | 0,95% | CDI | Mensal | 15,8% |