Você já deve ter ouvido falar em efeito manada. Esse é um jargão do mercado financeiro que quer dizer algo simples: ele acontece sempre que muitos investidores têm a mesma estratégia de investimento em um curto espaço de tempo. “Quando o Ibovespa sobe, muita gente compra as ações de destaque sem pensar nem conhecer as características e os riscos do papel. E quando o índice cai, há um desespero geral, e uma precipitação na venda das ações. Essa dinâmica de tomar decisões com base em fatores externos e na opinião de terceiros é nociva para os investidores”, afirma o analista de investimentos Rob Correa. No fundo, o que as pessoas fazem em um cenário como este é comprar quando as ações estão caras e vender quando elas estão baratas. Daí o erro de se seguir a manada.
Por que o efeito manada é ruim para seu bolso?
Assim, Rob explica que entrar nos investimentos da moda ou sair correndo de algum ativo porque está todo mundo fazendo o mesmo pode não ser o melhor caminho. “O efeito manada constrói um ambiente em que a pessoa, no calor do momento, opte por alocar mais capital do que poderia para não perder uma “oportunidade”. Então, há uma grande probabilidade de o investimento ruir. Além disso, você deve evitar de investir em um único ativo.
Cautela é antídoto para o efeito manada
Rob diz que seria errado dizer que todo investimento tido como o ativo de ouro do momento não vale a pena. Mas é preciso ter cautela, e um exemplo são as criptomoedas. “Em meados de 2015, já existiam algumas criptomoedas, e, apesar de dividirem opiniões, elas caíram no gosto da mídia e de analistas. Hoje, elas são tidas como as grandes oportunidades de investimento, apesar do alto risco. Mas, antes de se expor a elas, é necessário fazer um estudo do seu perfil de investidor”, afirma Rob.
Cheque de onde vem a informação
De acordo com Rob, o efeito manada pode começar com um comentário inadequado em uma rede social ou em um fórum de discussão.
“Embora a internet tenha democratizado as informações acerca de investimentos, aconselho que sempre se tome cuidado com relação a quem se escuta. Cheque a qualificação do profissional, seu histórico de atuação na área, e os certificados que ele possua.”