Crédito privado: o que esperar para 2025?
Debêntures, CRA, CRI e FIDC têm vantagens e riscos
O fim do ano já está aí e é hora de pensar onde investir em 2025. Por exemplo, quais são as perspectivas para o ano que vem quando o assunto é o crédito privado?
Esse investimento em renda fixa é um título emitido por empresas privadas que precisam do dinheiro do investidor para expandir os negócios, seja por meio de um novo projeto ou o aumento de capital de giro. Aliás, dentro do crédito privado são encontrados os seguintes títulos:
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- Debêntures;
- Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
Vantagens e risco de investir em crédito privado
E assim como qualquer tipo de ativo financeiro, existem pontos bons e ruins na hora de pensar em colocar o crédito privado dentro da sua carteira de investimentos.
Começamos, então, pelas vantagens. De acordo com Gustavo Blasco, fundador do PeerBR e CEO do Grupo GCB, a alocação em crédito privado propicia uma rentabilidade maior do que a renda fixa tradicional, como papéis do tesouro Direto ou fundos DI.
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“Além disso, o crédito privado geralmente tem baixa volatilidade, por isso é uma forma inteligente de diversificar portfólios e otimizar de modo significativo o retorno de uma carteira balanceada de investimentos”, afirma.
Já a maior desvantagem de investir nesse ativo financeiro está no risco de default. Ou seja, de inadimplência do emissor. Até porque, esse tipo de título não tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O que esperar para 2025?
Então, assim como qualquer tipo de investimento, é preciso entender e estudar um pouco sobre o crédito privado antes de aplicar parte da sua grana nesse título.
E isso inclui, claro, saber quais são as perspectivas do produto para o ano que vem. Gustavo Blasco diz que em 2025 veremos o crescimento exponencial de ofertas de dívidas de pequenas e médias empresas (PMEs) dentro do crédito privado.
“Esses papéis têm taxas de juros muito maiores do que as emissões de empresas grandes e com capital aberto na bolsa. E muitas vezes o risco é apenas um pouco maior, a depender das garantias. Algumas vezes, o risco é até menor, se houver muita garantia envolvida”, argumenta.
O especialista conta ainda que esse crescimento se dará principalmente por meio da tokenização de crédito privado, que nada mais é do que o processo de registrar em uma rede blockchain o título de dívida emitido.
“De forma didática, esse processo permite que todas as informações da oferta, o registro de titularidade, as informações de compras e vendas e o processo de liquidação financeira sejam feita em uma rede blockchain inviolável e com absoluta transparência de informações”, explica Blasco.
O especialista afirma que esse é um processo barato e que elimina diversos intermediários. O que possibilita, então, uma importante diminuição dos custos de emissão. “Aliás, são esses custos que antes impediam o acesso das PMEs ao mercado de capitais. Afinal de contas, os valores eram tão elevados que se tornavam economicamente inviáveis emissões inferiores a R$ 100 milhões”, comenta.
Com a tokenização, portanto, será possível emitir uma dívida de R$ 100 mil a um custo baixo. “Isso é transformador”, comemora o fundador da PeerBR.
Como investir em crédito privado?
Se você ficou interessado no ativo, confira a seguir um passo a passo para saber como investir no crédito privado. Veja só:
- Procure plataformas de crowdfunding e corretoras de valores mobiliários habilitadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a emissão desse tipo de investimento.
- Analise a seriedade das plataformas e faça o seu cadastro naquela que jugar ser a mais séria.
- Tendo o cadastro aprovado, procure as opções disponíveis de debêntures, CRIs, CRAs e fundos de crédito disponíveis.
- Analise as informações oferecidas e escolha o crédito privado que mais se adeque ao seu perfil, levando em conta risco, rentabilidade e prazo.
- Após escolher o investimento, faça Pix para a conta que abriu na plataforma e comece a investir.
“É importante que o investidor sempre diversifique escolhendo vários papéis e/ou fundos diferentes”, finaliza Gustavo Blasco.