Qual é o melhor Tesouro Direto agora para se proteger da inflação no curto, médio e longo prazos?

Confira os títulos do Tesouro Direto indicados para o atual cenário da economia

Qual é o melhor título do Tesouro Direto para se proteger da inflação para o curto, médio e longo prazos? Foto: Getty Images

A inflação, após alguns meses sem muitas novidades, voltou a se mexer para cima, para além da meta estipulada pelo Banco Central (BC). Esse movimento, tem gerado discussões entre economistas e operadores financeiros, que acompanham com lupa uma possível virada no cenário macro. Para o investidor, o tema é chave, uma vez que a estratégia número 1 de qualquer portfólio é como se proteger da inflação.

Pensando nisso, a Inteligência Financeira procurou especialistas para, primeiro, entender quais os riscos do atual cenário econômico.

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E, segundo, pensar em formas de como se proteger da inflação com investimentos de menor risco. Para isso, adotamos apenas os títulos do Tesouro Direto, emitidos pela União e entre os mais conservadores do mercado.

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Afinal, com Selic estável em 10,50% e inflação piorando no horizonte, em qual título do Tesouro Direto o investidos deve aportar neste momento?

Mudança no cenário

Antes de partir para as dicas dos especialistas, uma explicação rápida sobre o cenário econômico.

Nas últimas semanas, o mercado vem aumento suas expectativas para uma alta na inflação, principalmente para o no que vem. As projeções saíram de 3,87% há quatro semanas para os atuais 3,96%.

Embora esse movimento represente uma diferença leve, a piora na expectativa acende uma luz amarela. Isso porque o índice oficial de inflação vai se distanciando do centro da meta estipulada pelo Banco Central, que ficou pactuada em 3,0% para o ano de 2025.

Por si só, esse movimento pode ter impactos na política de juros do BC, que hoje estão estacionados em 10,50%. Mas, se a inflação manter o viés de alta, a Selic pode subir, segundo o mercado financeiro. E isso pode acontecer inclusive neste ano.

“Se a inflação continuar com viés de alta, não descarto uma alteração na curva de juros ainda para 2024”, diz Leonardo Ono, gestor de renda fixa da Legacy Capital.

Como se proteger da inflação no curto prazo

De volta aos investimentos, os especialistas apontam um cenário de curto prazo relativamente controlável. O curto prazo considera o horizonte de até um ano para a aplicação financeira. Nesse contexto, os títulos prefixados do Tesouro surgem como alternativa.

A melhor opção, para Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank, é a do Tesouro Selic 2027. No site do Tesouro Direto, o título tem rentabilidade anual da Selic, acrescida de um prêmio de 0,08% ao ano.

“(Esse título) tem duas características bem expressivas, que são muito benéficas para o curto prazo, para qualquer investimento”, diz a especialistas. O primeiro, ela conta, é a liquidez. “O investidor acessa esse recurso a qualquer momento. Pediu, já está direto na conta dele. Então, é super prático e benéfico para o curto prazo”, explica.

O segundo benefício, ela aponta como o baixo risco. “Ele é um título extremamente conservador. O tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros aqui no Brasil, que é a Selic. Ele não faz nenhum tipo de aposta ou tem algum fator de risco”, diz.

Qual o título do Tesouro Direto para o médio prazo

No médio prazo, de dois a quatro anos, Larissa aponta o Tesouro IPCA como a melhor opção. Esse título tem um modelo híbrido de investimento. É composto por uma parte pós fixada, que acompanha o IPCA, o índice oficial da inflação, do período em que perdurar a aplicação. E uma segunda parte, prefixada, que é um prêmio de risco, o famoso IPCA +, que vai depender do período de aplicação.

Jayme Carvalho, da SuperRico, concorda com Larissa. Mas ele sugere uma composição entre dois títulos.

“Eu acho que a melhor alternativas seria ali um mix. Uma mistura com 50% no Tesouro prefixado, que está ali perto de 11,97% ao ano. E 50% no IPCA 2029, que está pagando IPCA mais 6,40% ao ano”, diz.

O título sugeriro por Carvalho é o Tesouro Prefixado 2027. Cuidado, ele é diferente do Tesouro Selic 2027, sugerido para o curto prazo.

“Esses dois títulos dão uma combinação boa. Quer dizer, eles entregam atualmente um ganho acima do Tesouro Selic. E se você tiver uma escalada muito grande da inflação, você pode até perder no prefixado, mas você estará protegido no outro (no IPCA 2029)”, afirma.

Longo prazo: como se proteger na inflação

Para o longo prazo, uma surpresa. Os dois especialistas, que diga-se de passagem concordaram em todas as opções (de curto, médio e longo prazo), recomendaram uma novidade do Tesouro, o Tesouro Renda +.

“Eu tenho ficado muito fã do Tesouro Renda +”, afirma Jayme Carvalho. “Eu acho que eles são títulos que fazem o seu papel de programação de longo prazo”, destaca.

Apesar de ser comunicado no site do Tesouro Direto como uma opção de aposentadoria, o especialista aponta que eles não devem ser encarados como um substituto dos fundos de previdência, que ainda têm seu papel.

“São papéis que fazem muito sentido como investimento, destaca.

Larissa vai além, ela também recomenda o Tesouro Educa +, pensado para quem quer programar, por exemplo, uma poupança para a faculdade de um filho.

“Esses dois títulos, o Renda + e o Educa +, têm características bem similares ao Tesouro IPCA. Eles também pagam uma taxa prefixada, mais a inflação do Brasil, representada pelo IPCA. A diferença é que eles têm prazos mais longos de vigência”, diz.

De fato, no site do Tesouro é possível encontrar opções do Renda + com vencimento já em 2030 e outros que o investidor consegue carregar até 2065. Já o Educa + parte de 2026 até 2042.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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