Como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido?

Ao aplicar dinheiro em algum investimento, a gente quer, claro, ter um ganho financeiro. Em alguns casos, a ideia é que o resgate seja feito em um curto período. Diante disso, será que tem como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido?

E a resposta é: com certeza! Portanto, é possível sim investir R$ 100 mil e ter retorno rápido. De que maneira?

A Inteligência Financeira conversou com Henrique Castiglione, CEO da EWZ Capital e Jenni Almeida, especialista em finanças e CEO da franquia de consultoria financeira Invest4U, que trouxeram algumas opções de investimentos para aplicar o montante e ter ganhos em pouco tempo.

Como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido?

E para facilitar ainda mais a sua vida, a gente pediu para que os especialistas indicassem opções de ativos financeiros de acordo com o perfil de investidor.

Desse modo, então, como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido para o investidor conservador? Algumas opções de produtos são:

• Tesouro Selic: é um título público que também acompanha a Selic. “Oferece alta segurança, pois é garantido pelo governo federal. Ideal para resgate em curto prazo e rende de forma composta. Com a Selic em 10,75%, o Tesouro Selic é uma opção atraente e segura”, afirma Jenni Almeida.
• CDB com liquidez diária: esse tipo de investimento permite resgate imediato e é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por instituição financeira, limitado a 1 milhão por CPF.
• Fundos DI: “proporciona liquidez diária e são seguros, seguindo a Selic, que atualmente está em 10,75% com expectativa de subir até 13,5% até o final de 2025”, diz Henrique Castiglione.
• Fundos de renda fixa: esses fundos investem em títulos de dívida que seguem a taxa de juros. A rentabilidade pode ser impactada pela taxa de administração. Mas ainda assim são boas opções para diversificação dentro da renda fixa.

Quanto rendem R$ 100 mil em 1 mês?

Para se ter uma ideia, no Tesouro Selic ou CDB, o rendimento bruto de R$ 100 mil em 30 dias seria de aproximadamente R$ 895. Mas, claro, é uma simulação. Além disso, é importante dizer que esses dois produtos especificamente não isentos de custos, como taxas e tributos, que influenciam o rendimento final.

“Os rendimentos dos investimentos como CDB e Tesouro Direto têm incidência de Imposto de Renda, conforme o prazo da aplicação. A alíquota começa em 22,5% e cai até 15% para períodos superiores a dois anos, afetando diretamente o valor líquido recebido”, esclarece Jenni.

Investidor moderado: como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido

Agora, passamos para aquele perfil que pode aceitar um pouco de risco, que é o investidor moderado. Para esse público, então, como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido?

As opções de ativos financeiros são:

• Fundos multimercados: combinam renda fixa e variável, oferecendo um potencial de retorno maior com um risco moderado. “Desse modo, proporcionam diversificação e retornos melhores com baixo risco”, pontua Castiglione.
• Debêntures de empresas sólidas: são títulos de dívida emitidos por empresas que oferecem juros superiores (em torno de 12% a 14% ao ano), mas têm riscos maiores que CDBs, por exemplo. E não têm garantia do FGC.
• Renda variável: aqui, a ideia é que seja uma parcela menor da carteira de investimentos, já que o perfil permite um pouco de risco. Então, alguns produtos da renda variável são: ações, fundos de investimentos, ETFs, BDRs etc.

Retorno financeiro de R$ 100 mil

Portanto, para exemplificar o rendimento, se aplicássemos o montante em um investimento com uma taxa média de 12% ao ano, considerando um ativo que tem Imposto de Renda para cada período de resgate, o retorno bruto em 30 dias seria de aproximadamente R$ 970.

Opções para o perfil arrojado

E partimos, então, para o tipo de investidor que não tem problema em arriscar para ter grandes retornos. Por isso, os ativos financeiros indicados para esse perfil pensando em como investir R$ 100 mil e ter retorno rápido são:

• Ações de empresas sólidas (com bons fundamentos): como você deve bem saber, esses produtos têm um alto potencial de retorno, mas são voláteis. Por isso, é importante escolher empresas com bons fundamentos e histórico sólido. “Com base no histórico do Ibovespa dos últimos 10 anos, podemos observar variações significativas, com períodos de valorização e desvalorização”, comenta Jenni.
• Fundos de ações ou ETFs: esses fundos permitem diversificar em várias empresas. O que reduz o risco comparado a investir em uma única ação. “Fundos de ações e ETFs, como aqueles que replicam o Ibovespa, costumam ter rendimentos próximos ao índice”, pontua a especialista em finanças.
• Criptomoedas: por serem extremamente voláteis, as moedas digitais devem contemplar uma pequena parte da carteira de investimentos. “Algo como 5% do capital. Por isso, são indicadas para quem tem perfil arrojado”, afirma Jenni.
• Fundos multimercados arrojados (com exposição alta a ativos de risco): o investimento combina ativos de renda fixa, ações, câmbio e outros. Além disso, esse perfil de fundo multimercado expõe o investidor a um risco maior que a renda fixa. Mas, por outro lado, oferece potencial de retorno mais expressivo.

Quanto rendem R$ 100 mil nesses investimentos?

E por serem produtos financeiros mais voláteis, fica um pouco difícil definir o retorno financeiro. Para se ter uma ideia, então, Henrique Castiglione diz que, em um mês, alguns desses investimentos podem render 5% do valor aplicado ou um pouco menos 5%.

“Por isso, a diversificação, aliada à orientação profissional, é essencial para proteger o patrimônio e aproveitar as melhores oportunidades de mercado”, comenta o CEO.

Já Jenni Almeida enfatiza que todo investimento traz consigo algum nível de risco. “Até os mais conservadores podem ser afetados por fatores externos, como inflação ou mudanças políticas. Avaliar seu perfil de risco e seus objetivos financeiros são fundamentais antes de qualquer decisão”, complementa.

Além disso, todos os valores apresentados são estimativas com base em cenários passados e não garantem retornos futuros. Sem esquecer, claro que essas não são recomendações de investimentos. Mas sim uma análise geral das possibilidades disponíveis no mercado atual.

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