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Bitcoin em alta: é hora de começar a investir em criptomoedas?
Investir em criptomoedas está se provando uma decisão acertada em 2024. O bitcoin, principal expoente da classe de ativos, subiu quase 130% neste ano até o final de novembro o e renovou por diversas vezes as máximas históricas. Só no final da tarde desta segunda-feira (25), sua cotação estava em algo perto de R$ 553 mil (aproximadamente US$ 92 mil).
Pois bem, agora os investidores buscam entender se o momento atual é propício para embolsar os lucros. Ou se ainda há espaço para que os ativos continuem avançando em 2025. Assim, confira abaixo o que especialistas dizem sobre a viabilidade de investir em criptomoedas agora.
Em linhas gerais, para quem está de olho no curto prazo, não é um bom momento para iniciar uma posição em bitcoin. Agora, para um horizonte longo de investimento, a criptomoeda faz sentido.
Cenário do mercado
Segundo Felipe Amoedo, especialista de ETFs e criptoativos da HMC Capital, investir em criptomoedas e, principalmente, em bitcoin, teve bons resultados este ano por alguns motivos distintas.
Primeiramente, por uma questão mais técnica, o halving do bitcoin, que ocorreu em abril. Esse evento, diz, representa uma característica importante da política monetária do bitcoin, já que é quando a remuneração dos mineradores cai pela metade, limitando a oferta de novos bitcoins minerados.
Em segundo lugar, a adoção institucional desses ativos também teve papel importante. Durante o ano, muitos fundos de investimento, fundações, empresas privadas e até países direcionaram atenção e recursos para investir em criptomoedas, o que também provocou discussões importantes sobre a regulamentação do setor.
Por fim, Amoedo cita o “Efeito Trump”, iniciado durante a campanha eleitoral e impulsionado após Donald Trump vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos. Isso porque, entre as promessas de campanha do republicano, constavam: criação de uma reserva oficial de bitcoin; permissão de autocustódia dos ativos; e tornar os EUA líder no desenvolvimento do mercado cripto.
Em relação ao Brasil, Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, diz que o marco regulatório de 2022 é uma vitória que coloca o país no mapa como referência em governança para ativos digitais.
Além disso, ele entende que o Banco Central está caminhando bem, com inovações como o Drex. “Mas a indústria sem quer mais agilidade. Temos uma oportunidade de ouro para liderar a América Latina, mas isso exige coragem e menos burocracia”, diz.
É hora de investir em criptomoedas?
Tota defende que investir em criptomoedas agora é uma boa decisão. Para ele, a entrada de grandes instituições financeiras no setor não é um movimento aleatório. E, sim, um sinal claro de que as criptos deixaram de ser um “experimento digital” para se consolidar como um ativo legítimo. Isso cria uma base sólida e grandes oportunidades de investimento no curto prazo.
No entanto, o especialista pondera que as decisões de investimento devem ser tomadas com serenidade e planejamento. A volatilidade, por exemplo, ainda é uma característica marcante desse mercado.
“Os preços das criptomoedas podem variar significativamente em curtos períodos, o que pode ser desafiador para investidores mais ansiosos”, diz.
Senso de urgência
Amoedo ainda afirma que o investidor precisa ter senso de urgência em estudar e começar, mesmo que residualmente, a investir em criptomoedas. Segundo ele, além do cenário positivo, diversos estudos demonstram que uma alocação entre 1% e 5% na classe melhora sensivelmente a performance da carteira e a relação risco/retorno.
Por outro lado, diz que não pode se deixar contaminar pelo FOMO (medo de perder algo, em inglês) e investir um percentual muito alto da carteira na classe. “O ideal é que o investidor, apoiado pelo profissional que o acompanha e respeitando o seu perfil de risco, busque incluir o ativo de forma estrutural na carteira e com foco no longo prazo”, resume.
Quais são as melhores criptomoedas?
Se você está pensando em investir em criptomoedas pela primeira vez, diz Tota, o bitcoin deve ser a sua primeira escolha. Segundo ele, trata-se do o ativo mais confiável, consolidado e reconhecido no mercado, considerado por muitos o “ouro digital”. “É a reserva de valor por excelência, especialmente em tempos de instabilidade econômica e incerteza monetária”, diz.
Também cita o ethereum, que apesar de ter ficado abaixo das expectativas neste ‘bull market’ até agora, é a base dos contratos inteligentes e da maior parte das inovações em DeFi, NFTs e tokenização. E solana, a queridinha do mercado, que também permite a criação e implementação de aplicativos e tem atraído desenvolvedores e projetos diversos.
“Além disso, há protocolos como Pendle e Ondo, que merecem atenção. O Pendle inova ao permitir negociações de rendimentos futuros, enquanto o Ondo se destaca na tokenização de ativos reais (RWA). Essa integração, alinhada à estratégia de RWA de empresas, abre novas possibilidades de diversificação e retorno no ecossistema cripto”, opina.
ETFs de criptomoedas
Outra opção vista com bons olhos no momento é investir na classe via ETFs (fundos de índice) diz Amoedo, da HMC. O ETF Spot oferece exposição a um único ativo específico (bitcoin, ethereum, solana, etc).
Já os ETFs de índice seguem uma cesta de ativos variados, de acordo com sua metodologia. E o ETF Temático segue uma cesta de ativos variados buscando oferecer exposição dentro de um tema específico (DeFi, WEB3, Digital Economy).
Como investir em criptomoedas?
Há diversas formas de investir em criptomoedas, como referido ao longo do texto. Entre as principais estão:
- Investir indiretamente, em ETFs ou fundos de investimento;
- Comprar os ativos no homebroker de uma corretora de valores especializada no setor;
- Comprar diretamente e fazer a autocustódia dos ativos.
- E, lembre-se, para quem está de olho no curto prazo, não é um bom momento para iniciar uma posição em bitcoin. Agora, para um horizonte longo de investimento, a criptomoeda faz sentido.
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