ETFs de bitcoin: um divisor de águas no mundo cripto

A popularização das criptomoedas nos Estados Unidos, após a aprovação da SEC, abre caminho para os investidores

Quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins? - Foto: Unsplash
Quanto renderam R$ 1.000 em bitcoins? - Foto: Unsplash

Após muitos anos no mundo de gestão tradicional de global equities, hoje sou o head de trading de criptomoedas do Itaú e espero poder compartilhar com vocês o meu entusiasmo por tecnologia e por essa nova classe de ativos. O momento é propício. Nos Estados Unidos, recentemente, vimos o lançamento de ETF de bitcoin (BTC), um marco importante na história da criptomoeda mais famosa do mundo.

Assim, a aprovação dos ETFs na SEC, órgão regular norte-americano equivalente à CVM aqui no Brasil, é um divisor de águas para o mundo das criptos.

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Agora, isso ganha ainda mais legitimidade com carimbos de instituições tradicionais.

Qual é o pano de fundo do ETF de bitcoin?

Os ETFs de bitcoin já existiam em outras bolsas pelo mundo. Porém, nos EUA, até então, existiam apenas os chamados ETFs de futuros (produto mais caro, menos robusto e inacessível a investidores em geral).

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Então, no dia 10 de janeiro, foram aprovados 11 ETFs tradicionais de bitcoin. Isso inclui gestoras muito conhecidas nesse segmento, como BlackRock e Fidelity, e de casas nativas de criptoativos, como a Grayscale e a brasileira Hashdex.

A lista de Authorized Participants e Market Makers dos ETFs, instituições que dão liquidez e fazem o produto “levantar no mercado, inclui nomes tradicionais. Tais como JP Morgan, Jane Street, Virtu, Flow Traders.

Por que a aprovação da SEC é importante?

As grandes novidades para o universo cripto, portanto, são o acesso facilitado às criptomoedas e a chancela de grandes empresas, instituições financeiras e órgãos respeitados no mundo inteiro.

O acesso regulado das criptomoedas aos investidores era algo esperado e isso abre caminho para a adoção em grande escala e maior popularização desta classe de ativos.

Dessa forma, cada vez mais esse universo será desbravado pelos investidores. E ainda ajuda o próprio mercado a se adaptar cada vez mais às necessidades do mundo cripto, e vice-versa.

Tudo isso faz parte da evolução do mercado cripto, dando maior segurança para um segmento que tinha (e ainda tem) uma pecha de insegurança.

Em termos de fluxo de investimentos, apenas nos dois primeiros dias de negociação dos ETFs cripto (11 e 12/01) foram movimentados US$ 7.6 bilhões nas bolsas norte-americanas.

Quais são as oportunidades em criptomoedass?

A BlackRock e outras grandes gestoras conhecidas pelos seus ETFs já começaram a se movimentar para lançar os ETFs de Ethereum (ETH), outra grande criptomoeda. Nos últimos dias, já na expectativa de aprovação em maio deste ano, ETH superou BTC em mais de 10%.

Depois de Ethereum, as próximas moedas digitais a terem ETFs atrelados devem ser Solana e Ripple. Seus tokens, SOL e XRP, respectivamente, poderão seguir a mesma tendência (dominância de bitcoin vs alt coins caiu de 54% para 51% no último mês. Enquanto global crypto market cap subiu 16% para 1.9bn usd no mesmo período).

Ah! E não podemos esquecer do quanto essas novidades se somam a um dos eventos mais importantes do ano do universo cripto: o halving do bitcoin. Não sabe o que é? Não tem problema! Continue acompanhando a coluna CriptoAtivo, minha coluna no íon, que no próximo mês falaremos mais sobre o tema. 

*Texto de Guilherme Giserman, colunista do íon. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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