Bitcoin dispara 5% e atinge maior valor desde agosto com corte de juros nos EUA
Bitcoin dispara 5% e atinge maior valor desde agosto com corte de juros nos EUA
Vale lembrar que reduções nos juros americanos aumentam a liquidez global e diminuem o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, considerados os ativos mais seguros do mundo.
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O Bitcoin (BTC) subiu 5% e ultrapassou US$ 63 mil após o corte de juros de 0,5 ponto percentual pelo Fed nos EUA. A taxa de juros agora está entre 4,75% e 5% ao ano. A redução maior do que o esperado aumentou a liquidez global e beneficiou os mercados de renda variável, incluindo criptomoedas. O valor de mercado das criptomoedas é de US$ 2,27 trilhões. O Ether também subiu 5,4%, cotado a US$ 2.439.
O bitcoin (BTC) opera em forte alta nesta quinta-feira (19) e supera os US$ 63 mil pela primeira vez desde 27 de agosto, quando chegou a operar aos US$ 63.201.
Os investidores se animaram com o corte de juros de 0,5 ponto percentual promovido ontem pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos Estados Unidos.
Isso levou a taxa de juros à faixa de 4,75% a 5% ao ano. A redução foi maior do que parte do mercado esperava, pois muitos economistas ainda previam um corte de 0,25 p.p..
Vale lembrar que reduções nos juros americanos aumentam a liquidez global e diminuem o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, considerados os ativos mais seguros do mundo.
A combinação de fatores historicamente gera um impacto positivo para os mercados de renda variável como as criptomoedas.
Impacto nos ETFs
Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, ontem foi registrado saldo líquido negativo de US$ 52,7 milhões.
O principal alvo da saída de capital foi o ARKB, da Ark Invest, que registrou US$ 43,4 milhões de excesso de vendas em relação às compras de cotas.
Entre os ETFs de ether, o fluxo foi negativo em US$ 9,8 milhões.
O maior responsável pela saída de capital foi o ETHE, da Grayscale, com US$ 14,7 milhões em saques.
Como estão as cotações
Perto das 10h21 (horário de Brasília) o bitcoin dispara 5,1% em 24 horas, cotado a US$ 63.121.
O ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 5,4% a US$ 2.439, conforme dados do CoinGecko.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,27 trilhões.
Em reais, o bitcoin apresenta valorização de 3,87% a R$ 342.398.
Enquanto o ether avança 4,48% a R$ 13.256 de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) dispara 8,4% a US$ 140,92.
O BNB (token da Binance Smart Chain) sobe 4,3% a US$ 566,12.
Já a avalanche (AVAX) registra ganhos de 13,1% a US$ 26,38.
Análise do momento dos criptoativos
“A disparada de hoje reflete uma busca por ativos mais arriscados pelos investidores, visto que a tendência agora é de que o Fed realize mais cortes de juros nas próximas reuniões”, afirma Caio Leta, líder de conteúdo e análise da Bipa.
Segundo Taiamã Demanan, líder de análise da Coinext, o corte de juros de 50 pontos-base promovido pelo Fomc é uma sinalização de que o conselho monetário americano estava atrasado.
Isso porque a tendência do desemprego e da inflação já estavam alinhados com necessidade do afrouxamento monetário.
“O bitcoin, que estava dormente desde março, poderá ainda oscilar lateralmente ao longo de setembro. Todavia, deve posteriormente iniciar sua trajetória de absorver capital de risco novamente”, aponta.
Usando análise técnica, Fernando Pereira, analista da Bitget, afirma que o gráfico mais importante para estar de olho nesta quinta é o do índice S&P 500, o principal benchmark do mercado de ações dos EUA.
“As fortes divergências entre o preço e o Índice de Força Relativa (IFR) mostram uma possibilidade de formação de topo triplo”, avalia.
“Uma quinta-feira ‘negativa’ pode ser o gatilho para fortes quedas na semana que vem, por isso é muito importante termos mais um dia positivo para a tendência de alta continuar”.