Bitcoin sobe com informações de que tarifas de Trump em abril terão exclusões
O bitcoin (BTC) opera em alta nesta segunda-feira (24) junto com outros ativos de renda variável. Os mercados foram impulsionados pelas informações de que as tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para entrarem em vigor no dia 2 de abril serão mais comedidas do que se esperava.
As taxas para setores específicos, como os de automóveis e semicondutores, estariam excluídas do anúncio, reportou a “Bloomberg”.
A notícia vem depois de uma semana positiva em termos de noticiário macroeconômico, com a manutenção das projeções do Federal Reserve (Fed) de fazer dois cortes de juros nos EUA ao longo deste ano.
O Fed também começou a desacelerar o ritmo de redução do seu balanço, saindo de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões por mês.
Momento do mercado cripto hoje
Perto das 11h22 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 4,7% em 24 horas, cotado a US$ 88.686 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 4,7% a US$ 2.103, conforme dados do CoinGecko.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,99 trilhões. Em reais, o bitcoin avança 3,8% a R$ 508.178, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, sobe 3,5% a US$ 2,50. Já a solana dispara 9% a US$ 144,78 e o BNB (token da Binance Smart Chain) registra ganhos de 1,4% a US$ 631,31.
Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, foi registrado na sexta (21) um saldo líquido positivo de US$ 83,1 milhões.
Este foi o sexto pregão consecutivo de entrada de capital neste tipo de fundo. O principal responsável pelo fluxo foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 105 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas.
Entre os ETFs de ether, o dia foi de um fluxo negativo de US$ 18,6 milhões, no décimo terceiro pregão seguido de saques. O ETHA, da BlackRock, foi o grande destaque, respondendo por US$ 11,9 milhões em volume de saídas.
Análise do momento atual
Segundo Bernardo Bonjean, fundador da Metrix, dois indicadores chamaram atenção no bitcoin na semana passada: o total de transações na blockchain e a dominância da oferta ilíquida de bitcoins, ou seja, BTCs que estão em carteiras que nunca venderam mais que 25% do que compraram.
“Os dois indicadores combinados apontam para um momento de reversão do mercado, com o aquecimento da atividade on-chain, e de escassez amplificada do ativo. Com maior atividade e menor oferta, o BTC tende a ter uma performance positiva”, diz.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que após o preço do bitcoin ter atingido a mínima de US$ 83.625 em 22 de março, a criptomoeda iniciou um movimento de alta de mais de 4%.
“Se houver continuidade da alta, o preço do bitcoin poderá buscar a resistência dos US$ 88.620 e se superada essa resistência, o próximo alvo de médio prazo será a região de liquidez dos US$ 94.840”, afirma.
Ana avalia que caso o preço do bitcoin não supere essas resistências, o alvo pode ser os suportes de curto e médio prazo nos US$ 84.225 e US$ 83.020.
*Com informações do Valor Econômico
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