Bitcoin e ether no Itaú

Saiba o que são o bitcoin e o ether, as duas criptomoedas que o Itaú acaba de disponibilizar para os clientes

Bitcoin e ether passam a ser negociados pelo Itaú Unibanco - Imagem: Unsplash
Bitcoin e ether passam a ser negociados pelo Itaú Unibanco - Imagem: Unsplash

Nesta segunda-feira (4), o Itaú Unibanco iniciou a oferta de compra e venda de criptomoedas por meio do íon, plataforma de investimentos do banco. Os clientes do Itaú Unibanco terão acesso aos dois principais ativos do mercado cripto, bitcoin (BTC) e ether (ETH). Esses criptoativos serão ofertados em uma jornada de investimentos em que os ativos digitais estarão custodiados no próprio Itaú Unibanco. O produto será disponibilizado gradualmente aos clientes, que poderão adquirir as criptomoedas com taxa zero e com valor mínimo transacional de R$ 10.

O que são esses dois ativos?

Entenda aqui algumas informações importantes da história dessas duas criptomoedas:

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Bitcoin

Em primeiro lugar temos o bitcoin, a precursora e mais conhecida criptomoeda do mercado. A criptomoeda nasceu em 2008 e ninguém sabe ao certo quem a criou, o que sabemos é que a autoria assumiu o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.

A iniciativa tinha o objetivo de servir como uma forma de dinheiro eletrônico peer to peer, ou seja, que pode ser transferida entre partes, sem o intermédio de entidades centralizadoras. A história de criação do bitcoin tem vários mistérios até hoje, fato é que ano após ano o bitcoin foi conquistando espaço no mercado financeiro global.

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Continuando sem entrar em termos muito técnicos, o bitcoin se destaca por ser o precursor de todo um sistema baseado na tecnologia blockchain. Seu aspecto revolucionário se deve ao fato de descentralizar o validador de transações.

Diferença entre bitcoin e o real ou dólar

As moedas que estamos acostumados, como real ou dólar, possuem governos que validam suas transações e centralizam as decisões relacionadas ao seu valor.

Já a rede bitcoin distribui esse poder de validação entre dezenas de milhares de pessoas. Foi assim que o bitcoin deu início ao conceito de “finanças descentralizadas”.

Como o bitcoin é emitido?

A cada bloco ‘concluído’, agentes que contribuíram para que esse bloco de informações esteja corretamente registrado e codificado ganham como incentivo a criptomoeda da rede. Após sua emissão, essas moedas entram em circulação possibilitando que qualquer um de nós possa adquirir o ativo.

Ethereum

Em seguida temos ethereum, que é a segunda rede blockchain mais conhecida no mundo. Ethereum nasceu em 2013, ou seja, cinco anos após o bitcoin. A moeda nativa de sua rede é chamada ether (ETH) e o ativo está disponível para negociação no Itaú. É comum uma criptomoeda assumir o nome de sua própria rede, por isso algumas pessoas chamam a criptomoeda de ethereum, ao invés de ether.

O que é o ethereum

Continuando, vale destacar que a rede ethereum foi desenvolvida como uma plataforma programável. Nessa plataforma desenvolvedores podem criar diferentes aplicativos descentralizados dos mais diversos segmentos – como games, mídias, finanças ou varejo.

Tal flexibilidade é possível através da criação de smart contracts – contratos inteligentes. A tecnologia prevista nesses contratos promete mudar a forma como se realiza transações comerciais, eliminando intermediários desnecessários e aumentando a segurança das transações.

Exemplo prático

Em outras palavras, podemos explorar um exemplo prático para entender o poder revolucionário dos smart contracts.

Imagine que você queira comprar um apartamento de alguém. Esse tipo de compra envolve muito dinheiro, então é esperado que você tenha receio de pagar e acabar não recebendo a documentação de seu imóvel.

As inseguranças relacionadas a receber o que você efetivamente pagou são resolvidas de forma muito segura e transparente através de um contrato programado em blockchain.

Tal contrato pode ser programado para que assim que o dinheiro caia na conta do dono do imóvel, ele seja imediatamente transferido para você. É o que chamamos de “delivery vs payment”. Ou seja, no momento que você paga, você recebe seu produto.

O que são os contratos inteligentes?

O exemplo anterior ilustra o conceito por trás dos contratos inteligentes: um conjunto de instruções lógicas (se/então/quando/quem), que são escritas em código na rede blockchain. Dessa forma, a partir do acontecimento de uma condição pré-determinada, uma rede de computadores executa as ações previstas e acordadas.

Com isso, a rede Ethereum ocupa uma relevância muito significativa na expansão da criptoeconomia. Existem estimativas que indicam que mais de 60% dos projetos de criptomoedas estão na estrutura Ethereum de contratos inteligentes.

Em resumo

Em resumo, bitcoin e ether são duas criptomoedas que representam juntas mais da metade do mercado global de criptoativos. Ao oferecer a negociação direta desses ativos, o Itaú possibilita que seus clientes tenham acesso ao mercado cripto com a segurança de um banco de quase 100 anos de história.

Por fim, é sempre importante destacar que criptomoedas são consideradas investimentos de alto risco.

A volatilidade de seus preços deve ser levada em consideração ao avaliar a exposição financeira a essa classe de ativos.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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