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Quem dorme bem, investe melhor: a importância do sono para os investidores
Você já parou para pensar na importância do sono nos investimentos e nas finanças? Sabemos que uma noite bem dormida influencia diversos aspectos da vida: a alimentação, a produtividade, os estudos, exercícios físicos, amor… e também na relação com o dinheiro.
De acordo com um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz, cerca de 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios relacionados ao sono, entre eles, a insônia. A privação de sono pode estar associada a diversas questões psiquiátricas, como ansiedade e transtornos de humor.
A importância de uma boa noite de sono
Andressa Siqueira, planejadora financeira CFP pela Planejar e estudiosa do tema, explica que embora o sono pareça um estado de inatividade, é na verdade um período em que muitas coisas acontecem dentro do corpo. “É como uma máquina de lavar que troca a água suja para completar a limpeza do nosso cérebro e armazenar informações importantes”.
Estudos apontam que é justamente durante o sono que o organismo exerce funções restauradoras do corpo, como a síntese de proteínas, crescimento muscular e reparo de tecidos. Ou seja, dormir bem é essencial para uma boa saúde física e mental.
A relação do sono com os investimentos
Andressa destaca que a privação do sono está associada à impulsividade e à dificuldade de pensar objetivamente.
“Quando aliamos essas características com a relação às finanças, essa situação vai se agravando. Isso porque lidar com dinheiro é algo emocional, embora pareça racional. Ele mexe com os anseios e desejos das pessoas”.
Segundo a planejadora, é como um ciclo que se retroalimenta. “A privação de sono gera falta de objetividade. Logo, a pessoa vai tomar decisões financeiras ruins, gerando outros transtornos de comportamento. Isso faz com que ela tenha mais dificuldade de dormir com o tempo. Esse é um ciclo que vai se alimentando se não for interrompido”, ressalta.
O mesmo vale para os investimentos. “Uma boa noite de sono nos ajuda a tomar decisões mais racionais e a sermos mais ponderados e pacientes para analisar cenários”, explica Andressa.
Ela dá um exemplo: ao investir em ações, as oscilações do mercado são muito comuns. Portanto, o equilíbrio e a racionalidade são fundamentais para tomar melhores decisões.
Como melhorar a qualidade do sono?
Assim, algumas boas práticas podem ajudar na chamada higiene de sono, como estabelecer uma rotina noturna, evitar o uso de eletrônicos algumas horas antes de dormir e criar um ambiente confortável e de relaxamento.
Segundo Andressa, o ideal é estabelecer uma rotina com horários específicos. “Isso inclui não consumir cafeína depois das três da tarde e não realizar atividades cognitivas e físicas muito intensa quatro horas antes de dormir. Tudo isso afeta a qualidade do sono”.
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