O que diz o presidente da Câmara sobre ampliar isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil?

A ampliação da faixa de isenção do IR é uma das prioridades do governo para este ano e para a sucessão presidencial de 2026

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o Congresso Nacional não se sentirá “à vontade” para votar uma proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Isso sem que a compensação para o custo da política esteja muito bem definida.

“Vejo com muita preocupação entrar num assunto desses sem conhecer a compensação. Responsabilidade fiscal é essencial”, disse Motta, em entrevista à CNN Brasil. A ampliação da faixa de isenção do IR é uma das prioridades do governo para este ano e para a sucessão presidencial de 2026.

Então, a seu ver, o objetivo do governo de distribuir renda não pode vir desacompanhado da responsabilidade fiscal. Sob o risco pior dos indicadores econômicos, sobretudo a inflação. “Não adianta distribuir renda com moeda fraca”, afirmou.

Mudanças na Lei da Ficha Limpa

Simultaneamente, questionado sobre a possibilidade de alteração nas regras da Lei da Ficha Limpa, o presidente da Câmara disse desconhecer alguma iniciativa neste sentido. Nas últimas horas circularam em Brasília informações de que o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria articulando mudanças nas regras para beneficiá-lo.

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    Apesar de negar qualquer iniciativa em andamento, Motta avaliou como “muita extensa” a pena de oito anos de inelegibilidade prevista na lei.

    O presidente da Câmara também disse que o seu partido, bem como as demais legendas do Centrão, não têm compromisso com nenhum candidato para a próxima sucessão presidencial. Segundo ele, os dirigentes partidários vão observar, sobretudo, os rumos da economia antes de definirem qual candidato apoiar.

    Questionado sobre o processo de regulamentação das redes sociais, parado no Congresso, Motta reprovou a intromissão do Judiciário no tema e deixou escapar uma avaliação sobre o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos. “A plataformas mudaram de posição com a vitória do governo de extrema direita por lá”, afirmou ele.

    Com informações do Valor Econômico