BC projeta inflação acima do teto da meta até o 3º trimestre de 2025 em cenário de referência

O Banco Central (BC) afirmou nesta quinta-feira que as suas projeções de inflação estão “acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025”, quando estará em 5,1%, “entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta”.

A meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. As informações foram divulgadas pela autoridade monetária no Relatório de Inflação (RI).

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    No documento, o BC destaca que, desde o RI anterior, divulgado em setembro, “as projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado, aumentando assim o distanciamento em relação à meta e tornando a convergência para a meta mais desafiadora”.

    Já a “significativa elevação na expectativa da taxa de juros” do setor privado, como mostra o Boletim Focus, “reflete a piora do quadro inflacionário ocorrida nos últimos meses, com o aumento das expectativas de inflação e dos seus riscos de alta, a atividade econômica mais robusta que o esperado e a elevação da taxa de juros real neutra avaliada pelos analistas”.

    Outra mudança em relação a setembro foi que as condições financeiras da economia “ficaram bem mais restritivas”.

    No curto prazo, até março, o BC calcula que “o repasse da depreciação cambial também deve resultar em preços de bens industriais com variações elevadas, em contexto de demanda doméstica ainda resiliente”. Também até março, a estimativa para a inflação de serviços “é de variações em patamar elevado, em contexto de mercado de trabalho aquecido e efeito maior de inércia”. No caso da política fiscal, o cenário do BC para prazos mais longos supõe “que os resultados melhoram ao longo do tempo”.

    “Para as projeções, a variável considerada é o resultado primário do governo central corrigido por outliers e ajustado pelo ciclo econômico, no acumulado em 12 meses”, diz. “Supõe-se que essa variável, depois de ter terminado 2023 com déficit significativo, em parte decorrente da incorporação do pagamento do estoque atrasado de precatórios, se recupera parcialmente ao longo do tempo.”

    *Com informações do Valor Econômico

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