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Vale (VALE3): condições para dividendo extra em 2024 melhoraram; mas ações caem após 1° tri
Empresas citadas na reportagem:
As chances de a Vale (VALE3) pagar dividendo extraordinário aos acionistas em 2024 aumentaram, sinalizaram executivos da mineradora nesta quinta-feira (25).
“As condições de mercado melhoraram, o que nos dá melhores expectativas para caixa”, disse o vice-presidente-executivo de finanças e relações com investidores da companhia, Gustavo Pimenta, durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre.
“Mas ainda um pouco precoce, vamos avaliar ao longo do ano”, acrescentou Pimenta.
Assim, além de Pimenta, o presidente-executivo Eduardo Bartolomeo e outros porta-vozes da companhia procuraram mostrar otimismo em relação às condições globais e da Vale para produção e preços nos próximos trimestres.
Balanço da Vale (VALE) decepciona
Porém, as ações da Vale fecharam a quinta em queda, refletindo a decepção de grande parte do mercado com os resultados apresentados de janeiro a março divulgados na noite de quarta-feira (24).
No fim do pregão, VALE3 recuou 2,11%, a R$ 62,22. O Ibovespa registrou leve queda hoje, de 0,08%.
Em 2024, o papel da companhia acumula perda de cerca de 15%.
Assim, a empresa teve de janeiro a março lucro líquido de R$ 8,29 bilhões, cifra 12,9% inferior ao do mesmo período de 2023.
O número refletiu a queda no preço do minério de ferro no mercado internacional.
Dessa maneira, em relatórios, Santander, Itaú BBA e Goldman Sachs comentaram que os resultados trimestrais foram marginalmente negativos.
“A performance em custos foi pior do que o projetado”, afirmou a equipe do Itaú BBA liderada por Daniel Sasson.
As três casas de análise, no entanto, mantiveram recomendação de compra para Vale (VALE3).
Bank of America e BTG Pactual mantiveram recomendações neutras.
Destaques da teleconferência da Vale (VALE3)
- Empresa enxerga oportunidades de melhora na linha de custos e despesas nos próximos trimestres;
- Previsões (guidance) para 2024 reafirmadas;
- Expectativa de elevar em 50 milhões de toneladas até 2026 a produção de metais de alta qualidade;
- Visão de que China, maior cliente da companhia, terá demanda resiliente por minério, mesmo com crise no setor imobiliário.
Fusão BHP-Anglo American
Segundo Bartolomeo, a possível fusão entre as rivais de mineração BHP e Anglo American, anunciada nesta manhã, não muda o cenário para a Vale (VALE3).
A BHP, maior do mundo no setor, propôs pagar US$ 39 bilhões pela Anglo American.
Se efetivada, a operação criará a maior mineradora do mundo.
Em fevereiro, a Vale (VALE3) assinou acordo com a Anglo American para comprar 15% do veículo dono do complexo Minas-Rio.
O executivo descartou planos mais ambiciosos da Vale de entrar num ciclo de aquisições de ativos.
“Estamos muito mais interessados em executar e acelerar os nossos projetos”, disse ele.
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