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Twitter promove nova demissão em massa e manda embora executiva que dormiu no escritório
O Twitter realizou outra rodada de cortes de empregos no fim de semana, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, a mais recente entre milhares de reduções de pessoal sob o comando de Elon Musk.
Os cortes ocorrem no momento em que o bilionário vem buscando mudanças radicais na plataforma, incluindo cortes de custos, lançamento de novos recursos e mudanças nas políticas de moderação de conteúdo.
Um e-mail enviado a um funcionário, datado de sábado, disse que a função da pessoa foi eliminada como parte de uma revisão mais ampla, de acordo com uma cópia analisada pelo “The Wall Street Journal”. “Hoje é seu último dia de trabalho na empresa”, dizia o e-mail. “Acordar e descobrir que meu e-mail foi bloqueado”, disse no Twiteer Martijn de Kuijper, gerente sênior de produto da empresa e fundador da ferramenta de boletim informativo Revue, que foi adquirida pelo Twitter em 2021.
“Parece que fui demitido. Agora minha jornada no Revue realmente acabou.” Ele acrescentou um emoji de “rosto de saudação”, que tem sido usado pelos funcionários como um símbolo do fim da versão pré-Musk da empresa. O Twitter fechou o Revue no mês passado. O escopo exato dos cortes não pôde ser descoberto, e o Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O “The Information” noticiou anteriormente os cortes de empregos.
Executiva que viralizou é demitida
Uma das várias demissões promovidas pela plataforma teve grande repercussão na internet. É a história de Esther Crawford, que viralizou em novembro do ano passado após publicar uma foto dormindo na sede da empresa, com direto a travesseiro e máscara de dormir. Ela disse que fez isso para cumprir prazos.
Crawford foi demitida neste fim de semana.
Em outro post, feito na madrugada desta segunda-feira, a ex-diretora do Twitter disse algo como “aqueles que zombaram de mim estão na arquibancada, e não na arena”. Crawford ainda disse estar orgulhosa de sua equipe por “ter construído tanta coisa em meio a ruídos e caos”.
‘Demissões necessárias’
Musk vem cortando empregos e outros custos na empresa de mídia social, que tinha um histórico de perdas financeiras, desde que adquiriu o Twitter no final de outubro em um negócio avaliado em US$ 44 bilhões. Uma semana depois de Musk concluir a aquisição, cerca de 50% da equipe foi demitida na primeira rodada. Mais demissões se seguiram. As demissões também contribuíram para a redução do número de funcionários.
Musk disse em dezembro que o Twitter tinha pouco mais de 2 mil funcionários, em comparação com quase 8 mil antes de sua aquisição. Musk disse em novembro que as demissões eram necessárias porque o Twitter estava perdendo mais de US$ 4 milhões por dia. Naquela época, muitos grandes anunciantes pararam de gastar na plataforma. Musk disse no Twitter que a fuga de anunciantes causou uma “queda maciça na receita” e acusou grupos ativistas de pressionar os anunciantes.
O Twitter tem cortejado anunciantes que deixaram a plataforma por causa da incerteza sobre seus planos de moderação de conteúdo e pessoal. O Twitter não divulgou seus detalhes financeiros publicamente desde que fechou capital. “O Twitter ainda tem desafios, mas agora está tendendo ao ponto de equilíbrio se continuarmos nisso”, disse Musk na plataforma no início deste mês.
A empresa também lançou novos recursos e ajustes de produtos, incluindo o novo serviço de assinatura Twitter Blue; uma nova versão do feed baseado em algoritmo, renomeado com o nome TikTok “For You”; e contagem de visualizações. Musk disse em dezembro que espera que o Twitter atinja o ponto de equilíbrio do fluxo de caixa em 2023. Ele sugeriu então que o Twitter estava a caminho de gerar cerca de US$ 3 bilhões em receita em 2023. Isso é cerca de US$ 2 bilhões a menos do que a receita de US $ 5,1 bilhões do Twitter em 2021, o último ano completo em que divulgou resultados publicamente.
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