Taesa (TAEE11) mantém dividendos altos e Itaú BBA eleva recomendação para a ação; confira
Banco de investimento do Itaú eleva recomendação de ações da Taesa (TAEE11) de venda para neutro e aumenta preço-alvo do papel
Não faz mais sentido vender as ações da Taesa (TAEE11) disseram nesta segunda-feira (8) analistas do Itaú BBA. Antes, o banco recomendava a venda dos papéis unitários da transmissora, mas elevou o grau da Taesa para neutro com base nos dividendos, que podem chegar “a patamares altos” adiante.
O banco também aumentou o preço-alvo das ações da Taesa (TAEE11) de R$ 35,90 para R$ 36,70 até dezembro de 2024. Considerando a nova meta e o preço de tela, a alta potencial para o ativo é de 5,90%. Do lado dos proventos, o Itaú BBA calcula um valor por ação de 6% para 2024 e de 7% a 8% para 2025
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Dívida da Taesa (TAEE11) não preocupa quem caça dividendos
A equipe de analistas de energia, liderada por Marcelo Sá, do Itaú BBA, aponta que a Taesa (TAEE11) deve passar a distribuir ainda mais dividendos em 2027. A margem de dividend yield pode superar o patamar de dois dígitos.
A Taesa anunciou uma redução na política de dividendos para 75% do lucro líquido. A medida foi tomada “visando a execução do planejamento estratégico e maior previsibilidade por parte do mercado”. A partir de 2025, o repasse chegaria a 90%.
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Em 2026, a Taesa (TAEE11) deve pagar 100% do lucro líquido a acionistas, de acordo com a nova política e dividendos.
Ao mesmo tempo, a transmissora deve diminuir a diferença entre o lucro operacional bruto (Ebitda) e a dívida, afirma o Itaú BBA.
“Nós não estamos muito preocupados com a alavancagem aparentemente alta da Taesa, dado que o modelo de negócio da companhia traz horizonte positivo para a geração de fluxo de caixa”, diz a equipe do banco de investimento.
Itaú BBA eleva projeção de lucro líquido de Taesa em 15%
Além de elevar a recomendação de Taesa (TAEE11), a equipe do banco revisou a estimativa de lucro líquido da transmissora entre 2024 e 2027.
O motivo principal seria a queda na alíquota efetiva de impostos paga pela Taesa, devido a ao uso de perdas fiscais e taxas menores do lucro presumido sobre ativos ganhos em concessões. A transmissora afirmou que pretende participar do terceiro leilão de transmissão do ministério de Minas e Energia em setembro.
“A partir de 2029, assumimos uma taxa média efetiva de pagamento de impostos próxima de 15%”, dizem analistas. “Nosso modelo anterior incorporou uma taxa de 25%, porque não considerávamos o benefício fiscal de Juros sobre Capital Próprio (JCP), devido a mudanças de legislação que não ocorreram.”
Por fim, a equipe do BBA avalia que a ação da Taesa (TAEE11) negocia a um múltiplo “mais justo”. O cálculo é de uma taxa de retorno interna (IRR) de 7,8%. Ao comparar o potencial com o Tesouro IPCA+, de 6,30%, analistas dizem que “não faz mais sentido shortear a ação”.